"É incoerência invocar a bênção de Deus e ser conivente com ambientes de violência, ambientes de guerra que destroem a natureza humana e a ecologia, o nosso encontro com a natureza, cabe-nos aprender com Maria, perceber o agir de Deus na história", afirmou Antero Beije durante a missa de Ano Novo.
Na celebração eucarística de hoje, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, o cónego Antero Beije referiu que este dia desafia os cidadãos a serem "pessoas de paz", e, por isso, "sinalizadores da esperança".
"Precisamos tirar da nossa bagagem o peso desnecessário que são as intrigas, o orgulho, os conflitos, as soberbas que abafam o nosso coração e o torna cada vez mais amargo e rude", alertou o padre durante a missa na Sé Catedral, adjacente ao Palácio Presidencial, em Luanda.
Durante a missa de Ano Novo e alusiva ao Dia Mundial da Paz, que hoje se celebra, o sacerdote católico, aludindo à mensagem do papa Francisco, sublinhou que a esperança "é a virtude” que nos “coloca a caminho, dá asas para continuar mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis".
O sacerdote recordou a "crescente capacidade destruidora" dos atuais conflitos a nível do mundo, que "afetam especialmente os mais pobres", assinalando que "os angolanos sabem o que a guerra significou para o país".
"Queremos voltar para ela? Depende de nós. Se é não, então, somos obrigados a lutar pela paz, pela integridade", exortou Antero Beije durante a missa.