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Quarta, 18 Dezembro 2019 11:52

Caso de cliente lesado pelo gerente do banco BAI corre trâmites no SIC

O processo crime n.º 4835/19/TLA, no qual são in vestigados factos que envolvem o ex-gerente do Balcão Camama do Banco BAI e a movimentação de algumas contas de clientes, corre os trâmites junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC), informa, em nota, a instituição bancária.

Entre os casos investigados consta o do cliente João Pedro Domingos, que reclama terem sido retirados 15 milhões de kwanzas da sua conta no referido balcão, de acordo com matéria publicada ontem por este diário. Em reacção à notícia, em nota ao Jornal de Angola, o BAI afirma que os elementos do processo tramitam junto do SIC e, “por estarem em fase de instrução preparatória, constituem matéria sujeita a segredo de justiça, nos termos do Código de Processo Penal, pelo que não pode o BAI, nem outra pessoa singular ou colectiva, fazer sobre eles qualquer pronunciamento”.

“Esse inquérito criminal, de responsabilidade do SIC e PGR, é muito importante para apuramento de um conjunto de indícios sobre a conduta do referido ex-colaborador e também de clientes cujas contas foram movimentadas”.

O banco acrescenta que parte destes factos foram objecto de reclamações, feitas por clientes, ao BAI e ao BNA, estando o respectivo processo a correr entre as duas instituições. O caso, trazido a público na edição de ontem do Jornal de Angola, deu-se em Agosto último, tendo, por isso, o lesado, João Pedro Domingos, lamentado a demora na devolução dos valores subtraídos.

Sobre o tempo que leva a solução de eventuais reclamações, o BAI esclarece que “as investigações internas de determinadas acções, presumivelmente fraudulentas, revelam-se complexas, obrigando à obtenção de provas, podendo posteriormente vir a constar de processos-crime e disciplinares”. “É o culminar deste trabalho que leva o banco a tomar decisões e, justificando-se, assumir as suas responsabilidades, perante clientes, de acordo com as regras de direito”.

O BAI garante, por outro lado, que, sobre este cliente em concreto, não rejeita qualquer responsabilidade, que lhe possa ser exigível, nem se afasta do cumprimento dos seus deveres, enquanto instituição financeira bancária, tendo já disto dado nota ao BNA, o que inclui, naturalmente, a possível devolução de valores em contas por eventual movimentação ilícita.

Em relação à pretensa reposição, pelo banco, do valor de Akz 11.000.000,00, o banco esclarece tratar-se de “movimentos normais em conta decorrentes da sua actividade comercial, que nada têm a ver com os valores reclamados pelo cliente”.

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