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Quinta, 11 Julho 2019 18:09

Centenas de pessoas acompanham enterro de "Chinho" no cemitério da Santa Ana

Os restos mortais do ex-futebolista João dos Santos de Almeida "Chinho", vítima de assassinato, foram hoje sepultados, no cemitério da Santa Ana, em Luanda, num momento de grande consternação de centenas de pessoas presentes.

Depois de a urna contendo o corpo do antigo jogador ter saído do Velório Provincial de Luanda, acompanhado pelos familiares, populares e diversas personalidades, incluindo colegas, foi rendida à última homenagem já no campo santo.

A divulgação pública de um áudio hoje, durante a cerimónia fúnebre do ex-futebolista internacional João dos Santos de Almeida "Chinho", no cemitério de Sant´Ana, com uma mensagem que ele deixou domingo, um dia antes de ser assassinado, no grupo do Whatsapp constituído por membros do círculo familiar, provocou uma grande onda de emoção aos presentes.

Quase ninguém conseguiu conter as lágrimas. O som, entoado nas colunas do campo santo, provocou choros. Pois, o teor da missiva era de alguém que já soubesse que iria partir para outra dimensão. Eis o teor: "Domingo abençoado para a família. Devemos sempre saber, em termos de orações, os nossos ordenamentos. Primeiro devemos saber que o nosso coração é o nosso maior templo e, de seguida, agradecer pela transição da noite para o dia, pedir perdão e saber perdoar. Depois é que devemos pedir a bênção para que Deus proteja as nossas famílias e os nossos passos. É assim o ordenamento em termos de oração. Amo-vos", concluiu.

Milhares de pessoas fizeram-se presentes ao local para acompanhar o ex-jogador até a última morada.

Desolados, os familiares do "craque" Sub-20 expressaram na parte frontal das camisolas brancas a dor que lhes invade: "Mataram o Chinho". Na parte traseira expuseram o que querem que seja feito: "Queremos justiça".

Como se de um atleta que ainda estivesse vinculado ao Petro de Luanda, os adeptos desse clube compareceram em massa, tendo formado, juntamente com a família do jogador, um cordão humano iniciado na porta do Velório até a sepultura, onde a urna passou, enquanto eram entoados cânticos.

Os ex-colegas de campo afirmaram, no elogio fúnebre lido por Aurélio, onde diz: "foi com profundo sentimento de pesar que tomámos conhecimento da morte do Chinho".

Disseram tratar-se de alguém com muito para transmitir, dada a experiência acumulada. Lembraram-no como aquele que, dentro e fora das quatro linhas, encorajava o grupo, mesmo quando se estivesse diante de um desafio difícil.

"O Chinho parte, deixando um vazio enorme na classe e não só, mas será sempre, seguramente, o nosso eterno camisola 7", salientaram.

A direcção do Petro de Luanda sublinhou que o seu ex-atleta nunca desaparecerá, pois os seus feitos ficarão marcados para sempre na história do clube.

Estiveram presentes no adeus ao Chinho, entre outras personalidades, o secretário de Estado do Desporto, Carlos Almeida, e o presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria. Até a data da sua morte, Chinho, que deixa viúva e quatro filhos, estava a frequentar o 3º ano do curso superior de Psicologia. O jogador nasceu aos 4 de Fevereiro de 1982, no distrito Urbano do Rangel, em Luanda. Abraçou o futebol por influência do irmão, Gato, já falecido.

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