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Quinta, 27 Setembro 2018 17:27

Tchizé dos Santos sai em defesa do irmão Zénu, e alerta para "tentação" de o matarem

A deputada angolana Welwitschea dos Santos, meia-irmã de José Filomeno dos Santos, detido em Luanda, disse hoje temer a morte do irmão na cadeia, rejeitando os "rumores" de problemas psicológicos que visam, no seu entender, justificar um eventual suicídio.

"A não haverem provas, eventualmente, do seu envolvimento nos crimes de que é acusado, espero que não haja a tentação de matarem o nosso ente querido, o nosso familiar, dentro da prisão, a pretexto de que é toxicodependente e conseguiu por drogas dentro da prisão, para se matar, ou a pretexto que se suicidou", afirmou a filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos e deputada do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), também conhecida como 'Tchizé' dos Santos.

A declaração foi hoje publicada na rede social 'Whatsapp', num grupo de jornalistas angolano, comentando aquilo que classificou de "rumores" sobre o estado de saúde do irmão.

"Falo neste grupo porque é um grupo de jornalistas. Só para deixar claro que o 'Zenu', o José Filomeno Sousa dos Santos, não é, nem nunca foi, toxicodependente", disse a deputada.

José Filomeno dos Santos, detido em prisão preventiva na cadeia do Hospital Prisão de São Paulo, em Luanda, foi presidente do conselho de administração do Fundo Soberano de Angola, nomeado pelo pai, então chefe de Estado angolano, e, entretanto, exonerado pelo atual Presidente, João Lourenço, em janeiro deste ano.

'Zenu' é acusado, segundo a Procuradoria-Geral da República (PR) angolana, de envolvimento num crime referente a uma alegada burla de 500 milhões de dólares, processo já remetido ao Tribunal Supremo.

Por outro lado, é também acusado num processo-crime, ainda em fase de instrução, relacionado com atos de má gestão do Fundo Soberano de Angola, em que é também arguido o empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, sócio de José Filomeno dos Santos em vários negócios, e que está também em prisão preventiva na cadeia de Viana, arredores de Luanda.

Segundo a PGR, da prova recolhida nos autos resultam indícios de que os arguidos incorreram na prática de vários crimes, entre eles o de associação criminosa, recebimento indevido de vantagem, corrupção, participação económica em negócio, peculato, burla por defraudação, entre outros.

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