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Terça, 25 Setembro 2018 18:41

Prossegue o “pente fino” no aeroporto 4 de Fevereiro

Foi atingida em cheio a companhia de aviação executiva BestFly, propriedade de Augusto Tomás que se encontra a cumprir prisão preventiva na cadeia-hospital de São Paulo

Aumentaram as medidas restritivas desencadeadas no aeroporto 4 de Fevereiro para assegurar maior controlo de quem entra e sai do país por via aérea. Ao que soube o Correio Angolense, de fontes seguras, “os voos de companhias privadas foram drasticamente suspensos até novas ordens”.

Tais medidas atingiram em cheio a BestFly, empresa angolana de aviação executiva. A sala de embarque desta companhia, localizada no Terminal Aéreo Militar, foi encerrada ontem, 24, pelos Serviços de Investigação Criminal (SIC).

Sala de embarque da BestFly lacrada por agentes do SIC. “É também por estas portas que muitos ladrões passavam”

Oficiais do SIC lacraram com fitas as portas das instalações da BestFly, à semelhança do que sucedeu na zona de parqueamento das aeronaves executivas, barricadas com cones e fitas adesivas a fim de tornar a movimentação de pessoas no local o mais restrita possível.

 “É também por estas portas que muitos ladrões passavam” – comentou uma fonte do Correio Angolense.

A BestFly tem por rosto visível o director Nuno Pereira. Mas é ponto assente que a empresa é propriedade de vários dignitários angolanos – o primeiro dos quais é o antigo ministro dos Transportes Augusto Tomás, a cumprir prisão preventiva na cadeia-hospital de São Paulo.

 É com a BestFly que Tomás entraria na Air Connection Express, um consórcio privado que o ex-ministro dos Transportes idealizou para substituir, no segmento dos transportes aéreos domésticos, a companhia de bandeira nacional TAAG.

A Air Connection Express – que juntaria a TAAG e a ENANA às companhias privadas BestFly, Air Jet, Air 26, Guicamgo, Diexim, Sjl e Mavewa – acabaria por se revelar um ‘negócio das arábias”. O Presidente João Lourenço rejeitou liminarmente a sua entrada em funcionamento, classificando-a de “empresa fictícia”. CA

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