A Quantum Global (QG), entidade gestora que detém o monopólio da gestão dos activos do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), tem congelados nas Ilhas Maurícias pelo menos 2,3 bilhões USD, de acordo com cálculos do Expansão. Este valor corresponde aos valores não investidos dos sete fundos de private equity, capital de risco em português, sedeados pela QG naquele País do Índico.

De acordo com documentos obtidos pelo Expansão, o FSDEA entregou 3 bilhões USD à QG, liderada pelo suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, para investimentos alternativos, através de sete fundos - Infra-estruturas (1,1 bilhões USD), Hotelaria (500 milhões USD), Saúde (400 milhões USD), Agricultura (250 milhões USD), Mezzanine (250 milhões USD), Minas (250 milhões USD) e Madeira (250 milhões USD).

Mas a 31 de Janeiro de 2018 apenas um quarto desse valor tinha sido aplicado, ou seja 740 milhões USD - ver infografia nas páginas 3 e 4. O que quer dizer que 2,3 bilhões USD aguardavam aplicação, supondo-se que estariam depositados em bancos das ilhas Maurícias. Desses 2,3 bilhões USD, 800 milhões já estavam comprometidos e os restantes 1.5 bilhões ainda estavam "ociosos" aguardando oportunidades de investimento. Expansão