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Terça, 17 Abril 2018 10:31

Governo angolano procura reaver dinheiro desviados do FSDEA nas Maurícias

Angola espera  que as autoridades Maurícias adoptem uma posição semelhante com os dinheiros angolanos depositados na ilha à gentileza alcançada junto das entidades britânicas, com o recente repatriamento de 500 milhões de dólares de uma operação fraudulenta executada a partir do Banco Nacional de Angola (BNA).

De acordo com círculos financeiros, é  provável que capitais de cidadãos  angolanos depositados nas  Maurícias e achados em situação duvidosa ou claramente ilegal possam ser objecto de uma transferência para Angola.

O assunto está a ser tratado, a nível financeiro, dentro das ilhas Maurícias entre os dois países. Fontes bem informadas admitem que o assunto foi já tratado a nível diplomático, entre o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, e o primeiro-ministro maurício, onde se fez saber que Angola pretende recuperar diversos capitais angolanos que se encontram no exterior.

De acordo com a Rádio Nacional de Angola (RNA), em cima da mesa está ainda a discussão e repatriamento de dinheiro ilegal ou duvidoso depositado nas Maurícias por cidadãos  angolanos.

Para já, é prioridade do Governo angolano promover o regresso de todo o capital nacional que se encontra fora do país ilegalmente, para suprir o défice financeiro que o país vive e, com isso, encetar-se políticas de desenvolvimento e, ao mesmo tempo, a execução do Orçamento Geral de Es-tado (OGE). 

O professor e politólogo Olívio Kilumbo é de opinião que Angola deve cooperar com todos os países que se pronunciarem para o bem da soberania, o crescimento e o desenvolvimento angolano. Olívio Kilumbo acrescentou que todos os Estados que o Presidente João Lourenço elevou estão comprometidos com Angola na nova etapa de redireccionamento do Governo angolano. As  Maurícias têm boas relações com Angola. “Por isso, espera-se que venha a cooperar, assim como os Estados em que Angola tem a certeza de haver depósitos ilícitos devem, por meio diplomático, ajudar a repatriar os milhões que se encontram  naqueles países”, aconselhou.

O politólogo considera que a Procuradoria Geral da República (PGR) deve estar preparada para colaborar com estes Estados para que aconteça a devolução de valores depositados ilegalmente fora do país.

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