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Sábado, 14 Abril 2018 12:23

Sonangol nega ter sido dona da empresa que contratou Orlando Figueira

A Sonangol nega alguma vez te sido dona da Primagest, a empresa que elaborou um contrato de trabalho com o antigo procurador Orlando Figueira, o qual está a ser julgado, entre outros, pelo crime de corrupção.

O Ministério Público, na sua acusação inicial, apontava Manuel Vicente, ex-vice-presidente de Angola e antigo líder da Sonangol, de envolvimento neste processo de aliciamento de Orlando Figueira para conseguir o arquivamento de processos abertos contra si pela justiça portuguesa.

A petrolífera angolana, em comunicado divulgado esta sexta-feira, 13 de Abril, diz que a "Primagest - Sociedade Gestora, S.A. não é, nem era, nomeadamente nos anos de 2011 a 2013, sua subsidiária, nem fazia parte de qualquer estrutura empresarial detida a qualquer título pela Sonangol, E.P., ou de que esta fizesse parte, nem estava, de qualquer outra forma, consigo relacionada".

No comunicado, a Sonangol, agora liderada por Carlos Saturnino, também nega qualquer envolvimento na aquisição da empresa de engenharia portuguesa Coba, uma operação onde se noticiou a participação da petrolífera e que esta, até agora, nunca tinha negado.

"Para que não subsistam dúvidas, a Sonangol E.P. declara expressamente que não tem, nunca teve, directa ou indirectamente, qualquer relação com a aquisição do Grupo Empresarial COBA pela Berkeley — Gestão e Serviços S.A. e pela Leadervalue — Consultoria Investimentos S.A., ou, sequer, com a actividade deste Grupo Empresarial nos anos que se seguiram, seja no que respeita às empresas registadas em Angola, seja no que respeita às empresas registadas em Portugal, nomeadamente a Coba — Consultores para Obras, Barragens e Planeamento, S.A. e a Coba — Consultores de Engenharia e Ambiente, S.A".

A empresa angolana explica assim a necessidade de vir a público desmentir estas ligações que durante anos foram dadas como garantidas.

"Embora, a Sonangol E.P. não reaja a todas e quaisquer notícias publicadas a seu respeito, nomeadamente às que não acarretam repercussões ou prejuízos significativos a si ou a terceiros, no caso em apreço, pela repercussão que pode ter e pela gravidade do que está em causa, não pode deixar de publicamente fazer este esclarecimento". Jornal de Negócios

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