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Quarta, 28 Março 2018 13:03

PGR destaca missão "espinhosa, árdua e urgente" no combate à corrupção

O Procurador-Geral da República de Angola realçou hoje a "missão espinhosa, árdua e urgente" de combate à corrupção que este órgão de justiça tem para cumprir, sem tempo suficiente para "limpar as armas".

Hélder Pitta Grós discursava na abertura do XXIV Conselho Consultivo Alargado da PGR, que hoje arrancou em Luanda até quinta-feira, subordinado ao tema "Ministério Público no Combate à Corrupção e à Impunidade".

Segundo Hélder Pitta Grós, há cerca de 100 dias à frente da PGR, gerou-se muita expectativa à volta deste órgão de justiça, atendendo que coincidiu com o novo ciclo político no país.

O magistrado lembrou que, com a tomada de posse, em setembro de 2017, do Presidente da República, João Lourenço, "foi o início da materialização do sonho de criação de uma sociedade mais justa, onde os cidadãos poderiam enfrentar as dificuldades instaladas nas suas vidas, com a esperança de novos dias".

"Ainda não houve tempo para limpar as armas e já estamos na linha da frente do combate à corrupção, à repressão, ao branqueamento de capitais e assumir perante a sociedade que ?ninguém é tão rico ou poderoso para sentir-se acima da lei e ninguém é tão pobre ou desprovido de bens que não possa ser defendido pela lei", disse Hélder Pitta Grós.

De acordo com o Procurador-Geral da República, as dificuldades continuam inúmeras e nada se alterou "para melhorar nesses últimos 100 dias", nomeadamente materiais e humanas.

Sobre a situação da PGR, foi realizado um diagnóstico limitado a Luanda, relativamente à sua organização, funcionamento, recursos humanos existentes e necessidades para os próximos cinco anos.

"A situação não é animadora. Há situações constrangedoras, como por exemplo as condições em que funcionam os magistrados junto das unidades de polícia", referiu, apontando ainda dificuldades na informatização dos serviços, a aquisição de meios de transporte para facilitar a mobilidade dos magistrados e realização de diligências necessárias.

O Procurador-Geral da República considerou ainda importante que seja traçado o perfil humano e profissional do cidadão que deverá ser magistrado do Ministério Público, que advogou deve estar ao serviço das comunidades.

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