Salviano Sequeira respondia, em Luanda, a questões levantadas por deputados na discussão na especialidade da proposta de lei do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, cuja votação final deverá acontecer na Assembleia Nacional a 15 de fevereiro.
Na sua intervenção, o ministro recordou que o enclave de Cabinda, sem ligação terrestre ao restante território angolano, faz fronteira com a República Democrática do Congo [RDCongo] e com a República do Congo, e apesar das "relações ótimas com esses dois países", a imigração ilegal é um problema.
"Cabinda é uma província a que do ponto de vista estratégico temos que tomar o máximo de atenção. Não temos problemas de fronteira com a Namíbia, Zâmbia, com o Congo, mas com a RDCongo temos problemas de fronteira", disse Salviano Sequeira.
O governante informou que há uma semana esteve em Angola uma missão dirigida pelo ministro do Interior e da Segurança da RDCongo, para discutir questões ligadas particularmente à fronteira marítima, mas colocam-se também muitas situações relacionadas com a fronteira terrestre.
"Já tivemos inclusive determinados conflitos. Não chegámos a vias de facto, mas na realidade faltou muito pouco. Se não houver tropas suficientes para defenderem lá, até que cheguem os reforços, talvez seja tarde e é melhor que tomemos decisões com antecedência para evitar o pior", salientou.
Também o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Geraldo Sachipengo Nunda, garantiu que a segurança na região militar de Cabinda não vai ser "descurada" pela sua importância.
"O que é certo é que nós não vamos descurar a segurança na região militar de Cabinda, para depois alguém malfeitor se arrogar ao direito de criar insegurança na província de Cabinda. Vamos trabalhar para que haja segurança", afirmou.