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Segunda, 05 Janeiro 2015 13:26

UNITA quer governar o país a partir de 2017

A UNITA, a segunda força política do país, prepara-se para mudar a história da governação do país, 40 anos depois da Independência Nacional, em que o país é liderado pelo MPLA, desde 1975. Quem o diz é o secretário provincial do Huambo, Liberty Chiyaka.

Esta é a mensagem que este jovem quadro da UNITA, foi transmitindo aos milhares de militantes de Chinjenje, Ukuma, Longonjo, Caála, Ekunha, Mungo, Bailundo e Cachiungo durante a segunda quinzena de Dezembro, cuja actividade serviu para encerrar o ano político, que inicia a 10 de Janeiro de cada ano.

O manifesto denominado de “A Transição Democrática e A Alternância Pacífica do Poder”, serviu de “cavalo de batalha” durante o ano político, 2014, que terminou a 20 de Dezembro, tendo realçando durante os comícios nos municípios visitados que a governação do actual partido no poder, tem os dias contados.

A referida mensagem transmitida ao povo do Huambo e subscrita por si, Chiyaka refere que Angola, a África e o Mundo preparam-se para testemunhar um momento histórico de transcendental importância para os povos, culturas e relações internacionais. Liberty Chiyaka diz ainda no seu manifesto que o seu partido apresenta uma transição democrática e pacífica de poder, de “um regime oligárquico para um regime verdadeiramente democrático”.

O político acrescenta que nos últimos doze anos de vivências políticas e sociais, no Huambo, constataramse situações que ameaçam a democracia, a convivência e a segurança nacional, por isso, “ em defesa dos interesses de todos os angolanos obriga-nos a contribuição patriótica colocando em primeiro lugar a nossa Pátria e interesse nacional”.

Fim da oligarquia

Durante a sua digressão pelo interior da província planáltica do Huambo, Liberty Chiyaka, acompanhado pelos seus principais colaboradores, foi dizendo que o fim do Estado Partidocrático está a chegar ao fim, apesar do rasto de “violência, desconfiança e vítimas que ainda persistem havendo a perseguição de políticos da oposição, por elementos a mando do partido no poder, como aconteceu em Outubro contra si, mas sem sucesso.

Na visão de Chyaka, durante 40 anos, Angola tem sido governada e condicionada pelo mesmo Partido Político por políticas de exclusão, cultura de hegemonismo de grupos pela falta de visão estratégica. Para mudar este quadro, o jovem político e também deputado à Assembleia Nacional acredita seguramente que em 2017, será a primeira vez que o país terá um novo Presidente da República.

Terá também uma nova maioria parlamentar, novas políticas nacionais, novo programa de governo centrado no angolano e nova cultura política baseada na responsabilidade, na transparência, no serviço público desinteressado, na sensibilidade humana, um governo de povo pelo povo e para o povo.

Acusações contra governantes

Segundo o político, os dirigentes do actual regime, por desespero de causa têm criado obstáculos à mudança e alternância que Angola reclama, reforçando que o país está numa encruzilhada entre o triunfo da democracia autêntica e o triunfo da oligarquia absolutista, apontou.

Para se sair desta encruzilhada, o político vê como solução a revisão do relacionamento entre a UNITA e o MPLA, deplorando que em vez de se viver o presente, há sectores que continuam fixados no passado.

“ Uns e outros precisam de compreender que Angola é o nosso berço comum e que ninguém é mais do que o outro”, apontou.

Para a fonte, se os homens e as mulheres de Angola se decidirem com fé no futuro e espírito de missão, podem alterar o curso da história.

De acordo com o secretário provincial do Huambo, ao longo “da nossa história como Povo e Nação, vivemos momentos sombrios como os actuais, mas tivemos dirigentes sábios, líderes com visão, patriotas, inteligentes e corajosos que souberam elevar os interesses nacionais, aos interesses individuais e de grupos.

Não à exclusão

Liberty ChiyakaNo seu manifesto, Liberty Chiyaka diz que não se deve afastar, perseguir e humilhar ninguém, porque Angola tem e terá de pertencer a todos os angolanos, oprimidos e opressores actuais, ricos ou pobres, letrados ou não, partidários ou apartidários, religiosos ou não, do Norte ou do Sul, do Centro, do Leste ou do Litoral.

A fonte criticou também a partidarização dos órgãos de defesa e segurança (Polícia Nacional, Forças Armadas, Serviços de Informação e Segurança de Estado-SINSE) a instrumentalização da Comunicação Social do Estado, a violência policial, a discriminação e a exclusão de angolanos não partidários do actual regime são inaceitáveis e reprováveis.

Sobre a competição política, Chiyaka entende que não devia significar luta pela sobrevivência de pessoas e grupos, mas devia ser uma disputa de ideias, de programas e de visões diferentes que no fim produziria mais unidade, compreensão, respeito mútuo, aceitação das diferenças, confiança e desenvolvimento sustentado do nosso belo e grande país, concluiu.

Para a abertura do próximo ano político na província, o secretariado provincial do Huambo programou uma série de actividades político-partidárias que serão anunciadas em tempo oportuno pelo responsável, segundo disse Liberty Chiyaka durante o mega comício realizado na vila de Cachiungo, sede da antiga Bela Vista, a mais de 60 quilómetros a Leste da cidade do Huambo.

OPAIS

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