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Quarta, 18 Março 2020 15:03

Nova ministra promete melhorias no sistema de educação

A ministra da Educação, Luísa Grilo, prometeu hoje, quarta-feira, em Luanda, trabalhar para melhorar o sistema de educação, sobretudo no domínio da oralidade e da escrita da língua portuguesa.

A governante falava à imprensa após tomar posse em cerimónia presidida pelo Presidente da República, João Lourenço, na qual foram, igualmente, empossados o ministro do Comércio, Victor dos Santos Fernandes, e a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias.

Luísa Grilo, de 66 anos, referiu que, para o país alcançar melhorarias na qualidade de ensino, é necessário bons docentes, aliados também a boas infra-estruturas e à redução de número de alunos por turma.

A nova ministra da Educação, quadro sénior do sector, já foi directora do Ensino Geral e do Instituto de Formação de Professores "Garcia Neto".

Diagnostico no MAPTSS

A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, afirmou que vai efectuar um diagnóstico, de modo a aprimorar as soluções para as áreas da formação profissional, criação de mais empregos e maior controlo do património deste departamento ministerial.

Formada em Direito, Teresa Dias, de 55 anos, já exerceu, entre outros, o cargo de directora do Gabinete Jurídico da Endiama.

Valorização da produção interna

Já o novo ministro do Comércio, Victor dos Santos Fernandes, disse que vai apostar na criação de condições, para que a produção nacional passe pela rede deste sector, a fim de satisfazer as necessidades dos consumidores nacionais.

Prometeu, ainda, trabalhar no sentido de reduzir a importação de produtos, com realce para os bens produzidos no país.

De 46 anos, Victor dos Santos Fernandes, formado em Engenharia Aeronáutica, foi consultor dos Ministérios da Economia e das Finanças.

Educação em Angola: um setor instável, com três ministras em menos de três anos

Em pouco mais de dois anos e meio, o Presidente angolano nomeou três ministras da Educação, fato que começa a ser questionado por sindicatos e pela Associação dos Estudantes Angolanos, que criticam a falta de estabilidade no Ministerio e apontam grandes desafios para a nova titular da pasta.

A partir desta quarta-feira, 18, Luísa Maria Alves Grilo é a nova ministra da Educação, em substituição de Ana Paula Tuavanje Elias, nomeada em Outubro de 2019.

Elias tinha subistituido Maria Cândida Pereira Teixeira, indicada em 2017.

Estas constantes mudanças têm levantado várias preocupações, num setor que precisa de estabilidade e continuidade, o que não tem acontecido.

Por exemplo, Francisco Teixeira, presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos, afirma que estas mudanças demonstram “a falta de seriedade e irresponsabilidade para com o setor da Educaçao”.

Já o presidente do Simprof Guillherme Silva considera que elas revelam “o nivel de instabilidade do setor”, embora reconheça que a ministra exonerada devia ter sido afastada “faz tempo”.

Entre os desafios que Luísa Maria Alves Grilo tem pela frente, Guillherme Silva aponta o fim da monodocencia, distribuição gratuita de manuais escolares no ensino primário, diminuição do número de alunos nas salas de aulas, compensação do tempo de serviço para os professores e a atribuição do subsidio de isolamento a professores que trabalham em locais distantes. C/VOA

O Simprof e o Ministério da Educação continuam a negociar um caderno com 10 pontos reivindicativos apresentados pelo sindicato.

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