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Segunda, 07 Outubro 2019 18:23

Kamalata Numa reclama ser candidato dos "militantes sem voz" da UNITA

O general Abílio Kamalata Numa, segundo dirigente da UNITA a formalizar a candidatura à liderança do principal partido da oposição em Angola, defendeu hoje ser o candidato "mais bem preparado" e o que melhor representa "os militantes sem voz".

"Entre os candidatos que se perfilam à sucessão do Dr. Isaías Samakuva eu acho que sou o que está mais bem preparado", declarou Abílio Kamalata Numa.

O dirigente do "Galo Negro", que falava após entregar a candidatura à comissão de mandatos do XIII Congresso Ordinário da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), que deverá escolher o novo líder, invocou a sua "trajetória de luta" e nas instituições do Estado, bem como a larga experiência política.

"Isso ajudou-me a perceber desde cedo que havia coisas em que podia contribuir melhor para alavancar a UNITA para um patamar que todo o povo tem esperado e sinto que eu posso fazer isso", acrescentou.

O candidato garantiu que, se for eleito, a sua primeira preocupação será para com os que não votaram em si: "Esses são os mais importantes, são esses que tenho de convencer a sentirem que afinal têm aqui um homem com quem contar".

Kamalata Numa dirigiu-se ainda aos "militantes sem voz" que são, disse, a base da sua candidatura e, entre os seus principais objetivos, pretende transformar a UNITA num partido pan-africano, moderno e com capacidade para ganhar as eleições em 2022.

Numa salientou que quer "estabelecer uma nova ordem para Angola", afirmando que todos os projetos desde 1974/74 têm sido "um falhanço".

"É altura de trazer para Angola uma outra forma de fazer a política", apelou, defendendo que as instituições se devem ajustar à realidade angolana, ao contrário do que acontece com as instituições herdadas do colonialismo.

O general na reserva disse que existem atualmente duas sociedades em Angola: uma a quem o colonialismo "deu projeção", e outra que ficou "à margem".

"Estas sociedades têm de caminhar juntas, é preciso fazer política de convergência", disse, acreditando que, "daqui a 30 ou 40 anos" o país será "uma potência regional".

No que respeita à sua visão sobre a UNITA, destacou que foi sempre dos que esteve na oposição interna para alertar para as questões que deviam ser mudadas.

"Agora tenho esta oportunidade", rematou.

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