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Quarta, 28 Agosto 2019 12:14

Angola busca apoio para controlar queimadas

As autoridades angolanas estão a efectuar diligências junto da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com vista a beneficiar de apoio aos programas de controlo e gestão de queimadas no país.

Os contactos estão a ser encetados pela Representação Permanente de Angola na FAO, em Roma (Itália), tendo como interlocutor a direcção florestal desta agência da ONU, soube a Angop, nesta quarta-feira.

Segundo a Representação Permanente, o propósito da iniciativa é o de obter para Angola assistência no controlo e na redução das queimadas, no quadro dos programas de educação ambiental das comunidades nas áreas rurais, visando melhorar a educação e gestão da agricultura familiar.

Tendo em conta as preocupações recorrentes à volta da problemática das queimadas, o envolvimento da FAO poderá contribuir para consolidar os esforços do Governo, com vista a incutir nas populações novos conhecimentos, necessários à gestão das florestas, com a adopção das melhores práticas.

A Representação de Angola na FAO está igualmente a trabalhar no sentido de promover a captação de recursos financeiros para a implementação de projectos, programas e acções nesse domínio.

Com uma área global de 60 milhões de hectares de cobertura florestal, Angola possui uma taxa de desflorestação anual de 8.2 por cento, estando abaixo das taxas de muitos países africanos.

Angola é signatária do Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas, considerado pelo Governo angolano como um agente catalisador da mudança, e que deve ser adoptado por todos, a fim de salvar e preservar o planeta para as gerações presentes e vindouras.

Neste sentido, o país possui já programas e planos, alguns deles em execução, para dar resposta às necessidades de implementação do desenvolvimento sustentável.

Nesses programas, destacam-se estratégias multissectoriais para assegurar a inserção de energias renováveis, desenvolvimento e expansão da agricultura familiar, no âmbito do combate à pobreza e da garantia da segurança alimentar.

Em várias regiões de Angola ocorrem, nesta altura do ano, queimadas que os camponeses levam a cabo na fase de preparação de terras para cultivo, uma prática secular em diversos países do continente africano.

De acordo com o Governo angolano, essas práticas, apesar de não serem boas, são habituais e controláveis, sem comparação com os incêndios que se registam na floresta da Amazónia (Brasil), como alguns meios de informação tentaram fazer crer.

Numa nota de imprensa, a propósito de informações que diziam haver um número elevado de fogos em Angola, o Ministério do Ambiente admite a existência de queimadas, mas nega haver razões para drama.

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