Ao mesmo tempo esses analistas avisam que uma nova candidatura de Samakuva irá afectar a imagem de um partido com democracia interna e mesmo trazer ao de cima questões étnicas.
Isaías Samakuva que nas últimas eleições derrotou sucessivamente os candidatos Abel Chivukuvuku, Camalata Numa, Paulo Lukamba e Pedro Catchiungoadmitiu, em Julho último que poderá recandidatar-se para mais um mandato se os estatutos do partido vierem a ser alterados durante o congresso.
Esta Segunda-feira, a UNITA anunciou que os deputados Adalberto das Costa Júnior e Pedro Catchiungo eram os primeiros pré-candidatos ao cadeirão máximo da UNITA.
Para o académico João Lukombo Nzatuzola,Samakuva está numa posição privilegiada para vencer os seus oponentes mas defende queele devia abster-se de concorrer pela quinta vez consecutiva.
Lukombo defende também que outros grupos étnicos, que não apenas os Ovimbundos, deviam concorrer para a liderança da UNITA.
“Se o Raúl Danda não se candidatar - e ele é vice presidente, é presidenciável e é de Cabinda – isso vai ser mais um motivo para aqueles que observam a realidade interna da UNITA (verem o partido) como um clube dos ovimbundos”, disse
O analista Nelson Domingos também defende que Samakuva devia deixar que outros dirigentes do partido tenham a oportunidade de concorrer considerando que a sua presença no boletim de voto tem uma grande influência no seio dos militantes pelo que não votariam numa outra figura.
Domingos disse que se Samakuva voltar a candidatar-se terá a seu favor “toda a máquina do partido”.
“Seria muito sábio se a UNITA escolhesse um candidato como Adalberto da Costa Júnior, alguém com bastante experiência no parlamento e tem muita aceitação pela sociedade civil”, acrescentou
O deputado Rúben Sicato, que integra a comissão eleitoral disse, entretanto,queessas pré-candidaturas serão depois submetidas ao crivo da comissão eleitoral, entre 16 e 30 de Setembro, e queos candidatos terão dereunir 1.000 assinaturas de militantes das 18 províncias angolanas . VOA