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Quarta, 13 Fevereiro 2019 15:39

ONU otimista na abertura democrática e na luta contra a corrupção em Angola

O coordenador residente das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladelli, manifestou hoje "otimismo" quanto à nova fase de transição política do país, apontando "profundas mudanças de paradigma ao mais alto nível", como a abertura democrática e a luta contra a corrupção.

A posição foi expressa no Seminário de Priorização Estratégica do Quadro de Parceria entre as Nações Unidas (UNDAF) e Angola, para o triénio 2020-2022, que hoje arrancou em Luanda, com a abertura feita pelo ministro da Economia e Planeamento angolano, Pedro Luís da Fonseca.

Paolo Balladelli enumerou como mudanças a abertura democrática, a participação da sociedade civil, a preparação das autarquias e da descentralização, as reformas de descentralização e de desburocratização, a luta contra a corrupção e fluxos ilícitos de capitais e as melhorias no ambiente de negócios.

As mudanças registaram-se ainda, segundo o responsável, numa administração de políticas e programas com um sistema baseado na gestão de resultados, na criação de oportunidades para jovens e mulheres, para se tornarem sujeitos económicos e políticos, no aumento e materialização das potencialidades de economia inclusiva do país e da sua população e na consolidação dos ganhos do país no âmbito transfronteiriço, sub-regional, regional e global.

O coordenador residente da ONU salientou que o quadro da parceria de três anos visa o seu alinhamento com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), que também terminará em 2022, para depois se passar a planos quinquenais.

Segundo Paolo Balladelli, as Nações Unidas devem ajudar a definir, com o Governo angolano e outros parceiros, o tipo e o método da sua contribuição para assegurar o cumprimento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS, definidos pelas Nações Unidas) até 2030.

"Faltam ainda 11 anos, nos quais teremos de acelerar políticas, programas e ações para se conseguir materializar a visão de uma Angola desenvolvida, de maneira a proteger toda a sua população, sem exclusão dos grupos mais vulneráveis", disse Paolo Balladelli.

Em declarações à imprensa, o ministro da Economia e Planeamento angolano salientou que as relações de cooperação entre Angola e os órgãos de sistema das Nações Unidas são "sustentadas por estratégias de cooperação de documentos programados".

Segundo Pedro Luís da Fonseca, a reunião de hoje visa atualizar a estratégia de cooperação entre as partes, que termina este ano, para que se "consiga assegurar que as prioridades dos objetivos perseguidos pelo PDN sejam aquelas que venham a conformar a estratégia de cooperação com a ONU".

"Viemos cá mais uma vez transmitir as prioridades que estão inseridas no primeiro eixo, que é o do bem-estar da população, e no segundo eixo, que é o do desenvolvimento económico sustentável e inclusivo", salientou.

O governante angolano salientou que a ONU fez um balanço positivo da estratégia de cooperação que agora finda, realçando como aspetos positivos o fortalecimento da capacitação das instituições, a melhor produção de informação estatística e a relação da cooperação com as instituições dos órgãos das Nações Unidas.

O PDN tem 83 programas e grande parte deles são orientados para responder aos indicadores dos ODS, destacou Pedro Luís da Fonseca, frisando que o grande objetivo da implementação é melhorar as condições de vida da população, mais concretamente a melhoria do índice de desenvolvimento humano.

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