Sexta, 19 de Abril de 2024
Follow Us

Quinta, 02 Agosto 2018 19:57

João Lourenço pede a novo comandante da Polícia mais atenção no combate aos crimes

O Presidente da República, João Lourenço, exigiu nesta quinta-feira, em Luanda, mais atenção no combate aos crimes contra as pessoas e o património público, que vêm crescendo no país.

O Titular do Poder Executivo, que falava no acto de posse do comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, ordenou o combate ao crime organizado.

No mesmo acto em que também foi empossado o 2º comandante da corporação, António Pedro Joaquim, o Chefe de Estado afirmou que em consequência destes crimes “tudo se rouba e se destrói” e o Estado deve estar à altura de defender o património público.

Segundo o Presidente, a criminalidade no país é um fenómeno que cresce dia-a-dia, razão pela qual defendeu a implementação de acções de combate.

Ministro do Interior pede a novo comandante da Polícia que prossiga combate ao crime

O ministro do Interior de Angola tambem pediu hoje ao novo comandante-geral da Polícia Nacional que dê continuidade ao trabalho de combate à criminalidade iniciado pelo seu antecessor, que não deve ser recordado dentro da corporação "por menos operatividade".

Ângelo Veiga Tavares falava hoje na cerimónia de tomada de posse do novo comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, que substituiu no cargo Alfredo Mingas "Panda", recentemente exonerado pelo Presidente, João Lourenço, após ter estado envolvido num acidente de viação, em Luanda, que resultou na morte de duas pessoas.

"A missão do comandante Paulo de Almeida não é fácil, principalmente porque assume a polícia numa altura em que se conferia a esse órgão maior operacionalidade. E é preciso que, quando tivermos que recordar o camarada «Panda», o recordemos como nosso companheiro, amigo e camarada, mas não como uma falta dentro da corporação, por ineficácia ou por menos operatividade", referiu o ministro.

Ao novo comandante, Ângelo Veiga Tavares deixou indicações para que continue a trabalhar no sentido de dar maior resposta à ordem, porque é preciso, com o necessário apoio dos governos provinciais e administrações municipais, pôr-se "um pouco mais de ordem", sobretudo nas cidades, "que estão a tornar-se demasiadamente rurais", considerou.

"É preciso prestar atenção a um fenómeno preocupante que tem a ver com ação de inimigos do povo, que têm estado a vandalizar infraestruturas que servem os interesses dos cidadãos, com particular destaque para o fornecimento de energia elétrica e outros, com furtos de cabos elétricos e outros instrumentos similares", exortou o ministro.

A preocupação vai também para a questão da poluição sonora, desordem do trânsito, "principalmente na conduta que devem ter os automobilistas ligados ao serviço de táxi, quer em viaturas quer em motorizadas", bem como no reforço do controlo das fronteiras e combate à imigração ilegal.

Ao comandante cessante, o ministro ressaltou o facto de, em oito meses, ter colocado "no bom caminho" as operações que concernem à recuperação da segurança pública em Luanda, com o incrementar das operações realizadas pela Polícia Nacional com a colaboração dos demais órgãos do Ministério do Interior, com destaque para o Serviço de Investigação Criminal e os Serviços de Inteligência.

Segundo Veiga Tavares, essas operações permitiram oferecer alguma tranquilidade, apesar de ainda se estar "longe de atingir os objetivos".

"Precisamos de continuar a ser mais firmes no combate à criminalidade, precisamos de ter cada vez mais ações para que quebremos a espinha dorsal dos criminosos, que insistem em alterar a ordem e segurança públicas e criar intranquilidade no seio das populações", frisou.

O titular da pasta do Interior salientou que o ex-comandante-geral da Polícia Nacional "sai das funções pelas razões que são públicas, por infortúnios da vida, mas sai com dignidade".

"Continua connosco e pode continuar, porque, com o mesmo sentido de responsabilidade que propusemos no passado recente para assumir o cargo de comandante-geral da Polícia, também assumimos a responsabilidade de continuar, enquanto ministro do Interior, a tê-lo presente, na perspetiva que eventualmente possa surgir para o exercício de outras funções, porque a sua jovialidade e competência permitem que exerça outros cargos dentro ou fora das estruturas securitárias", disse.

Rate this item
(0 votes)