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Terça, 07 Julho 2020 20:41

Covid 19: Cidade Alta em pânico pandemia atingiu à quase todos

“[...] Ouço, agora, porém, exclamar de todos os lados: não raciocineis! O oficial diz: Não raciocineis, mas exercitai-vos! O financeiro exclama: não raciocineis, mas pagai as contas! O sacerdote proclama: não raciocineis, mas crede.

O médico orienta: não raciocineis, mas cumprai as orientações médicas, e façai a medicação! O advogado afirma: não raciocineis, mas cumprai as leis! O político determina: não raciocineis, mas dêem os impostos.” Com essa citação do profeta e filósofo alemão Emanuel Kant (1724-1804), no seu texto: “Resposta à pergunta: O que é esclarecimento [Aufklärun]?” Que buscaremos entender a saída da minoridade para maioridade [Aufklärung], do pensar tutelado para o pensar por si próprio, do singular ao plural, e do plural ao singular, podendo ser entendido também como o fazer – se político pela vida dos outros, negando os seus próprios interesses.

Tal quanto um filósofo vai à busca incessante do saber, o político deve ir à busca incessante da felicidade do seu povo. Todo político que nega a felicidade do seu povo, não deve permanecer em frente do lugar que lhe foi confiado uma responsabilidade comum, um político deve existir para os fins do povo, e não para os seus fins peculiares. Um político não deve reduzir – se à um ser que existe unicamente para materializar as suas preocupações singulares, e os seus sonhos de enriquecimento ilícito, deve antes de tudo, preocupar – se com o povo. Antes o povo, depois “Eu”. O “Eu” político não deve anteceder as preocupações da sociedade comum.

Hoje Vossa Excelência Senhor Presidente da República Gen. João Lourenço encontra – se diante de um problema que paira na atmosfera global: “a covid – 19”, nesta esfera, variados cidadãos angolanos ficaram retidos no estrangeiro, sem dinheiro, nem recursos de subsistência, clamam aos nossos dias para retornarem à Angola (…).

Se Vossa Excelência, Senhor Presidente da República, teve a preocupação eminente de retirar os seus familiares retidos em Portugal, assim como familiares de dirigentes angolanos retidos em variadas paradas do mundo, não deve deixar que, o povo disperso pelo mundo fora morra de fome, ou de covid – 19. A doença já circula no meio social angolano, não se justifica que angolanos continuem exilados fora do País, sem recursos para se manterem vivos.

Humanizar é um termo cuja dimensão expressa a vontade de fazer – se humano. Hunizar concerne a aquisição de hábitos e atitudes que permitam ao “ente racional” tornar – se humano, esses hábitos adquiridos são encontrados presentes numa dimensão axiológica, como da ética e da moral, distanciando – se da insensibilidade política com as dores sofridas pelo povo angolano, da falta de amor ao povo angolano encontrado em muitos políticos da nossa praça angolana, da arrogância de muitos servidores públicos, da vaidade egocêntrica de muitos políticos angolanos que canonizaram – se em resolverem apenas os seus problemas enquanto isso o povo angolano padece na miséria extrema e sofre de forma inevitável.

Humanizar –se, é educar-se, sendo mais benévolo, enfim, evoluir o “eu”. A humanização deve existir em todas as nossas acções. Nenhuma nação deve permitir que os seus cidadãos morram num outro País por uma doença que já em existe em sua própria Pátria. Não se justifica que os angolanos sejam retidos em Portugal, no Brasil, na Turquia, na África do Sul, e, em diversas paradas do mundo, enquanto isso, a covid – 19 já circula no meio social angolano.

Um exemplo de humanização na política seria a assimilação de características mais amorosas e conscientes com o povo angolano, sentir na pele o sofrimento de todos os angolanos. O amor ao povo reside na sensibilidade que se tem ao seu sofrimento, não se justificando que haja angolanos a morrerem pelo mundo fora vítimas de variadas atrocidades sociais, enquanto isso, João Lourenço, na qualidade de Presidente da República ordenou a TAAG que fosse a busca dos filhos dos dirigentes angolanos retirados em diversos lugares do mundo.

Hoje em dia, não há mais espaço para dirigentes políticos insensíveis, que não sentem as dores do povo, que fazem da mentira na única forma de governar. Os angolanos não se deixam mais ludibriar facilmente pelo dolo político, estamos a aprender o que queremos para nós como angolanos, e para o País em todas as suas dimensões.

Neste âmbito, exigimos dos nossos governantes que se identifiquem com o sofrimento do povo, que respondam os anseios do povo, e, não façam do Estado numa propriedade privada, enquanto angolano andam perdidos pelo mundo fora clamando por socorro do Estado Angolano. Todo dirigente que agir sem amor ao povo, será esquecido pelo próprio povo, ficará obsoleto para a sociedade angolana, tornando-se somente um peso que deve ser retirado com urgência na vida do povo angolano.

Em tempos de pandemia e de poucos recursos, onde angolanos são abandonados pelo Estado em diferentes partes do mundo, muitos dos quais choram para voltarem em suas terras natais, fruto da escassez de dinheiro para tudo, angolanos morrem sufocados pela fome no Brasil, em Portugal e em variados pontos do mundo, por falta de dinheiro, ou na luta contra as variadas circunstâncias que se apresentam diante deles, é que João Lourenço na qualidade de Presidente da República deveria evidenciar esforços avultados de um “Pai” que na dedicação e no amor aos seus filhos, expressa preocupação na unidade da família angolana, na busca da felicidade e da tranquilidade do povo.

Não se justificando o alto nível de insensibilidade por parte do Presidente da República no âmbito do repatriamento de angolanos retidos no Brasil, em Portugal e em diversas paradas do mundo, enquanto isso, não pensou duas vezes quando a sua filha retida em Portugal clamou por socorro para retornar em Angola.

João Lourenço não deve deixar que os angolanos morram no Brasil, em Portugal, na África do Sul, na Turquia, por falta de humanismo ao povo angolano que ele mesmo dirige, se o fizer, cometerá a pior atrocidade da época, será o culpado da morte de angolanos retidos no estrangeiros que clamam por regressar à Angola. Se, Ana Dias Lourenço quando esteve infectada pela covid – 19 foi para América, depois à África do Sul, porque não retira angolanos retidos em Portugal, no Brasil, na África do Sul, na Turquia, e pelo mundo fora?

O Presidente da República não pode ser um mero adorno humano que nada responde em termos de satisfação dos interesses do povo angolano, para tal, o País fica órfão de sua própria liderança, a missão de um Presidente não é resolver os problemas de sua própria família. Se conseguiu retirar a sua filha retida em Portugal, conseguiu enviar a sua esposa Ana Dias Lourenço à França para ser tratada da covid – 19, também deve mostrar esse amor ao povo angolano, deve retirar os angolanos retidos no estrangeiros que clamam em busca de um socorro urgente.

O Presidente deve centrar – se na resolução de diversas circunstâncias que circundam o povo. É neste momento que, o Presidente da República, Gen. João Lourenço deve entregar – se à causa de todos, e, não abandonar o povo à deriva, sem eira, nem beira, pelo mundo fora (…). Os angolanos estão a morrer de fome em Portugal, no Brasil e pelo mundo fora, porque tudo quanto tinham em termos de recursos escasseou – se, é missão do Presidente da República retirar todos angolanos quanto se encontram espalhados nestes lugares do mundo, emitindo um grito de socorro.

O Presidente da República não deve ser insensível, desumano, desinteressado com os problemas do povo, não deve amar mais as riquezas do País e a sua família que o povo, não deve amar mais o petróleo e o diamante que o povo angolano, deve viver na pele o sofrimento de todos os angolanos. O clamor dos irmãos angolanos ecoou em todos os cantos deste mundo. Os angolanos precisam de um socorro urgente que se tenha de proclamar com máxima certeza.

Se Vossa Excelência soube retirar os seus filhos do estrangeiro, os filhos dos seus colegas do estrangeiro, os filhos dos filhos dos seus próximos no estrangeiro, porque não o faz ao povo perdido pelo mundo fora?! Será que só valem os filhos dos dirigentes e o povo nada serve para o País? Retire os angolanos retido no Brasil, em Portugal, na África do Sul, na Turquia, e em diversas paradas do mundo, Excelentíssimo Senhor Presidente, seja humano uma única vez, viva o sofrimento do povo retido pelo mundo fora, esse favor deve tê – lo presente, em nome da nação angolana. O País agradecerá tal gesto humano.

O amor pelo povo ou o gosto pela sua felicidade, deve permiti - los sair do mundo insensível e desumano que os políticos adoram ficar, deixar de obedecer às regras citadas pela falta de humanismo político, para usar a própria consciência em prol das aspirações mais elevada do País e do seu próprio povo. Não há nação sem povo, antes da terra, estão os homens que se identificam como dádivas mais importantes do espaço geográfico em que estão inseridos, se a vida humana é superior à qualquer causa, então que não se deixe os nossos compatriotas angolanos morrem pelo mundo fora, se os filhos dos dirigentes mereceram voltar à Angola, tal direito deve voar e pousar sobre os angolanos comuns, retidos no estrangeiro.

A rigor, os elementos território, língua, religião, costumes e tradição, por si sós, não constituem o carácter da nação. São requisitos secundários, que se integram na sua formação. O elemento dominante, que se mostra condição subjectiva para a evidência de uma nação assenta no vínculo que une estes indivíduos, determinando entre eles a convicção de um querer viver colectivo.

É, assim, a consciência de sua nacionalidade, em virtude da qual se sentem constituindo um organismo ou um agrupamento, distinto de qualquer outro, com vida própria, interesses especiais e necessidades peculiares. Neste âmbito, o amor ao povo é um dos vínculos soberanos da sua unidade, nenhum político que não ama o povo deve identificar – se com a nação, quem deixa angolanos morrerem no estrangeiro, é porque este não os ama, se de facto, não os ama, não se identifica com a nação, se não se identifica com a nação nada vale para a nação, se nada vale para a nação é mais uma pedra no sapato que precisa de ser retirada com urgência.

Engana – se quem pensa que a covid – 19 está longe de estender – se pelo espaço angolano. A covid – 19 já está entre nós há tempo, agora encontra – se espalhada nos bairros de Luanda. Não se justifica a razão pela qual se abandona angolanos no Brasil, em Portugal, na Turquia, na África do Sul, etc, sem qualquer mantimento nem para comer, enquanto isso, a doença já está entre nós.

Não é apenas Pinda Simão quem está infectado pela covid – 19, mas até a mãe do Todo-poderoso, do Pai da Terra, Gen. Miala também esteve internada nos serviços de cuidados intensivos da multiperfil por covid – 19. João Lourenço e Ana Dias Lourenço não escaparam da invasão do covid – 19 que chegou mesmo de atacar altos funcionários da Presidência da República, inclundo – se guardas e demais familiares dos visados.

O próprio Presidente da República Gen. João Lourenço foi o primeiro à testar positivo pela covid – 19 quando chegou da Namíbia, numa altura em que ninguém tinha a doença. De lembrar que, até a Primeira – Dama Ana Dias Lourenço, e tantos outros altos funcionários do Estado, já estão infectados pela covid – 19 há tempo. Se, de facto, existem variadas figuras de alto-relevo no seio do MPLA com covid – 19, porque razão Vossa Excelência Sr. Presidente da República decidiu deixar os angolanos pelo mundo fora à morrerem de covid – 19?

Não se justifica tal decisão (…), João Lourenço na qualidade da figura mais importante da Nação Angolana deve desenvolver esforços para repatriar os cidadãos angolanos encontrados no Brasil, em Portugal, na Turquia, na África do Sul, etc, seguindo o exemplo realizado por todos os Estados do mundo.

Caso persista em não retirar os angolanos presentes nestes países, João Lourenço será conivente de tudo que advirá à posteriori.  Se retirou uma das suas filhas que esteve em Portugal, assim como, filhos de variados dirigentes do MPLA, e do Estado Angolano, também deve retirar os filhos de pacatos cidadãos retidos no Brasil, na Turquia, na África do Sul, em Portugal e pelo mundo fora. Grande parte desses angolanos, que têm estado a pedir ajuda para regressar ao país, são estudantes e cidadãos que foram ao estrangeiro para tratamento médico e que acabaram por ser surpreendidos com a covid – 19.

Não se justifica impedir que angolanos sem dinheiro, e sem comida para se alimentarem permaneçam retidos em Portugal, no Brasil e em variados pontos do mundo, a morrerem de covid – 19, enquanto isso, a doença já está entre nós, e um dos pacientes é o próprio Presidente da República Gen. João Lourenço, assim como variadas figuras de elite angolana.

Por Amadeu Baltazar Rafael

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