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Domingo, 09 Fevereiro 2020 21:53

Orgulho dos que querem tudo só para eles e nada para as organizações

É tanto orgulho, tanto ódio e tanta perseguição, que, até, já não se recordam que estão a matar o MPLA com a ambição de serem os únicos autores da história em Angola. Também não se recordam que, sem o MPLA, jamais seriam presidentes, jamais seriam milionários, e, quase nada seriam para Angola.

Sacrificam a vida do Partido para o bem de suas vidas pessoais e de seus projectos particulares que em nada ajudam para a vida social e económica do País. Esquecem – se que, com essa guerra, o MPLA está a morrer de forma paulatina e progressiva. Montam todo tipo de estratégia, excepto uma estratégia que visa reanimar o MPLA que está com o pescoço atado à desgraça.

 Perguntamos aos Donos Disto Tudo, o que há de suceder com o MPLA dentro de 10 ou 15 anos? Viverá o MPLA face à tão propalado drama de vingança e caça – as – bruxas? Não há dúvidas, de que, o MPLA morrerá asfixiado entre titans furiosos que mordem – se aos excessos na via pública.

O MPLA não sobreviverá face à essa tão avultada guerra contra si mesmo,. Lourencistas VS Eduardistas pegam – se nas camisas e batem – se nas ruas e em qualquer lugar, só que quando os Pais se divorciam os filhos entram em debandada e o lar se arruína, é o que está a suceder com o Partido dos camaradas. É impossível uma sobrevivência no âmbito do actual contexto. O Partido, está a dar o seu à deus aos poucos, porém, eles não percebem, quando derem conta será tarde de mais.

Não há dúvidas que, se Eduardo dos Santos descrever os segredos do MPLA e de suas figuras de proa, no âmbito mais profundo, essas revelações transformar – se – ão numa verdadeira bomba atómica para o MPLA, numa espécie de “MPLA Leaks”, cujo âmbito, trará o fim inevitável do Partido dos Camaradas. João Lourenço não concentra as suas energias em salvar a vida do Partido, interessa – lhe pois, apagar a imagem do seu antecessor como Stalin fez à imagem de Leon Trotsky. Em 1924, após a morte de Lênin, tido como a principal figura da Revolução Bolchevique de 1917, Leon Trotsky e Josef Stalin passaram a confrontar – se numa divisão clara do poder no partido comunista russo, que governava a União Soviética.

Depois de intensa disputa interna, em 1925, Stalin assumiu o poder e tratou de eliminar a memória do rival, tal quanto Lourenço faz à figura de Eduardo dos Santos ao ponto de retirá – lo do dinheiro, agora propaga – se uma intriga de que até a Universidade JES do Huambo construída por Eduardo dos Santos despir – se – á do nome do seu próprio construtor, recordemos, Agostinho Neto não construiu nenhuma Universidade no País, a única universidade com o seu próprio nome foi uma herança herdada no tempo colonial, por ser ele, o seu Primeiro Reitor. Desde logo, Eduardo dos Santos não retirou o nome de Neto na Universidade Agostinho Neto.

No dia 28 de Agosto o MPLA não teceu nenhuma mensagem de exaltação a figura de Eduardo dos Santos, no dia 5 de Abril o nome de Eduardo dos Santos apareceu como um silêncio inevitável, parece não ser esse homem a grande figura da paz, são feitos e tantos que todos visam apagar o nome de Eduardo dos Santos da história. Trotsky era uma pedra na bota de Stalin, que pretendia consolidar o socialismo num só país. Expulso da União Soviética em 1925, Trotsky acabou assassinado em 1940, no México, e foi, pouco a pouco, apagado de documentos e fotografias do País, o mesmo retrato do passado de Trotsky observa – se em Eduardo dos Santos onde a sua figura sofre todos os ataques à sua honra e a sua dignidade enquanto Patriota e arquitecto da paz.

A partir de 1934, a União Soviética viveu o período conhecido como o “Grande Terror”, como hoje Angola vive o período da “caça – as – bruxas”, neste âmbito, adversários declarados do mesmo partido russo, potenciais ou mesmo suspeitos de oposição ao regime foram perseguidos e caçados em todos os cantos do mundo, percebamos Isabel dos Santos até nos Estados Unidos sofre invasão à sua figura, em Portugal, foi - lhe imposta variadas astúcias judiciárias que visam macular a sua imagem e depreciá – la desde o ponto de vista económico.

A segunda figura que assemelha – se à pessoa de João Lourenço é a figura de Mikhail Gorbachev da União Soviética, o líder, estava à frente do comando do País, no período de 1985 a 1991. Gorbachev procurou reconfigurar os pilares do comunismo soviético por meio de reformas estruturais, tal quanto Lourenço faz em Angola, porém, com tais reformas, acabou por acelerar o processo de dissolução. Os programas de reformas de Gorbachev ficaram conhecidos por seus respectivos nomes em russo: “Perestroika” e “Glasnost”. As reformas deram lugar a um fim inevitável do império russo, até então. Desde logo, a queda foi inevitável, será também inevitável a queda do MPLA caso Lourenço insista na política de “caça – as – bruxas”, será ainda pior, caso Eduardo dos Santos se pôr a falar das verdades mais obscuras do MPLA.

No entanto, caso Eduardo dos Santos se pôr a falar, não há dúvidas de que, o MPLA expirará a sua vida política na face da terra, parecendo o “Luanda Leaks” que deixou a imagem da Eng. Isabel dos Santos ao tapete ao ponto de atacar todas as entranhas da sua hegemonia económica no mundo inteiro. Se José Eduardo dos Santos falar, o MPLA se tornará num desses Partidos esquecidos na mais completa miséria do mundo, ao desamparo de todos, abandonado até de si mesmo. Se alguém disser que isso é uma mentira, então a sua existência como ser pensante é uma farsa, desde então, esse não reconhece o papel decisivo de José Eduardo dos Santos, no passado do mundo, de África e de Angola, cuja dimensão do qual é imortal.

Eduardo dos Santos se eternizará como o líder mais ágil que deu tudo para o bem do seu Partido, sacrificando a sua própria vida. Embora Eduardo dos Santos seja esmagado como o Gladiador pelo seu sucessor, sem que no vasto Anfiteatro do MPLA uma voz, um gesto, um olhar, pedisse compaixão para ele, afastasse com indiferença essa esperança de uma vida que não é mais do homem, mas tão-somente do seu génio e da sua obra perdida num desprezo infindável, Eduardo dos Santos continuará vivo na memória da história, sobre sucessões de gerações.

A paz é uma marca que ninguém jamais soube dar ao povo angolano, e, somente ele teve a chave para abrir as portas da paz. Entretanto, senhores do MPLA, fiéis seguidores de João Lourenço, por mais que a consciência se transforme numa tragédia de ataques pessoais à figura de Eduardo dos Santos e seu clã, cada um dos nossos sofrimentos, que aos olhos de um espectador desinteressado que abrangesse o interior de todas as almas, não pareceriam resolutos se Eduardo dos Santos não pusesse fim ao drama da guerra que colonizou Angola há mais de 30 anos.

 No entanto, não vos encolheis camaradas, não vos escondeis camaradas, face a guerra imposta contra a sua imagem que visa afundá – la, despi – la de qualquer ordem de valor, social, moral ou mesmo ético para a Pátria na qual dedicou o seu passado. Se Dos Santos, o País no passado, se tornaria num caos, mais dramático do que a queda silenciosa da ave ferida no vôo o que seriam todos os infortúnios reais e verdadeiros do destino desta nação. A raiva do canhão não pouparia a ninguém e a vida tornar – se – ia numa espécie despida de qualquer forma de valor.

Dos Santos é comparado à glória que nos reúne a todos angolanos.Foi esse o homem que deu luz ao passado do País. Um País calcinado em guerras, soube salvá – lo. O “Dos Santos” é o homem do século XX em África Austral, por mais erros que tenha cometido, ainda assim, a sua memória permanece imortalizada na história como o que mais feitos terá deixado para atrás. A parte individual da nossa história, é fruto da sua entrega absoluta em prol desse fenómeno inevitável.

A paz, é o que mais nos interessa e comove hoje, porém, para o actual regime não é por certo a melhor coisa que existe. Neste prisma, a luta terrível que aprisionou – se em passar um apagador por cima da imagem de José Eduardo dos Santos, torna – se uma dedicação obscura, também pode ser uma criação que irá matar o futuro do próprio Partido à curto, médio ou longo prazo.

A glória não é senão o domínio que o espírito humano adquire dessa parte que se lhe incorpora, e, a paz é a grande revelação da glória de José Eduardo dos Santos que perpetuará a sua imagem como homem imortal da época. Tomando a iniciativa que lhe competia por ser a primeira das suas funções enquanto patriota, nacionalista e líder. Eduardo dos Santos deu o peito às balas quando a desintegração causada pela guerra era inegável. A fecundação de qualquer época que lhe sucede não supera nenhuma forma de tempo que fertilizou a vinda da paz à Angola.

Desde logo, se este grande patriota da nação angolana falar sobre os erros de cada uma das figuras de proa do MPLA, será o fim do regime que governa Angola desde que esta surgiu como uma nação. Eduardo dos Santos foi a pedra fundamental da Biblioteca política do País, que terá à entrada, para melhor recordar o dia 5 de Abril. Patriota e nacionalista, nunca abandonou o País nos momentos mais trágicos da sua história, fez – lo hoje por ser vítima de uma perseguição terrível e quase inevitável que o forçou à exilar – se na Espanha.

A pátria é um sentimento enérgico, desinteressado, benéfico, mesmo quando é um fanatismo, Eduardo dos Santos era um fanático por Angola. Eduardo dos Santos é a revelação mais ampla de um verdadeiro patriota que foi fanático na defesa dos interesses do País. Se José Eduardo dos Santas falar sobre as verdades do MPLA e de seus alicerces, o MPLA acabará para jamais se (re) erguer. Todos estes benefícios que o País viveu, merecem o mais solene reconhecimento da parte do sujeito, sem Eduardo dos Santos, a paz que vivemos não seria nossa.

Eduardo dos Santos votou a sua vida política toda à causa do trabalho em prol da pátria. Eduardo dos santos merece ser – lhe oferecido um lugar na grande festa da Nação como “Pai da Pátria Angolana”, merece deixá – lo eternizado na memória da história por tudo quanto tenha realizado de bem para a Nação angolana, em todas as escalas que os seus navios foram descobrindo no Planeta. O povo angolano, não precisa dizer, como aliás o podia fazer sem deixar de ser sincero, que neste momento o povo só é considerado um povo livre porque está em paz, e essa paz, foi graças ao “Arquitecto da paz” que terá sacrificado o seu passado para que tal realidade fosse um facto.

O País deve dar um lugar na história para Eduardo dos Santos. Deve – se aceitar que esse lugar na história para um patriota é uma dívida de gratidão que temos para com o seu passado em prol de todos nós e da pátria que nos abarcou, e na qual, como angolanos, reclamamos o valor deste homem que ergueu do fundo do poço uma Angola perdida nas vozes da metralhadora. Os dirigentes do MPLA devem recordar o seu passado onde se faz referir que chegaram ao poder sem fortuna, e pelos cofres do Estado criaram capitais. Mesmo João Lourenço não deve recusar – se dessa trágica realidade que dramatiza o seu próprio passado como membro do MPLA.

O cidadão do MPLA fez da corrupção uma forma ávida de se enriquecer de forma ilícita em Angola. Os líderes do MPLA enriqueceram as suas famílias, os seus amigos, os seus próximos, desde logo, João Lourenço não deve dramatizar a cena e achar em Eduardo dos Santos o único banco a depositar todas as culpas, enquanto todos eles, roubaram do País para se tornarem grandes. A grandeza supérflua que esses todos têm veio de um só foco: “a corrupção”, desde logo, tentar colocar em Eduardo dos Santos todas as culpas é uma ironia descomunal, todos eles falharam: “Ninguém é inocente.”

Bem – haja!

João Hungulo: Mestre em filosofia & pesquisador.

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