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Quarta, 20 Novembro 2019 02:32

“Guerra psicológica em Angola”: João Lourenço nomeia familiares de JES e ataca os filhos e os seus

João Lourenço ao apresentar – se pela primeira vez numa hostil história de vingança e perseguição à família Eduardo dos Santos apresentou – se como uma ordem superior, mas na verdade, impôs para tal um verdadeiro jogo psico – político no seio da família Eduardo dos Santos, desmantelando ao não mais poder ser as bases políticas do eduardismo em Angola.

A ordem lourencista traduziu – se em pseudo – combate à corrupção e ataque à família Eduardo dos Santos. As unidade das suas bases no ataque à Eduardo dos Santos são fortes e numerosas. As tácticas psicológicas na destruição da moral e entusiasmo da família Eduardo dos Santos, e dos eduardistas incluindo o Eng. de petróleo revela – se incansável.

O excesso de tensão e “Guerra Psicológica” arrastou Putin a chamá – lo duas vezes à Rússia para convencê – lo a depor as armas e arrancar a um plano de reconciliação nacional plena, começando pelo MPLA que hoje encontra – se em “Guerra” incalculável. Porém, a ânsia de destruir as bases eduardistas é enorme, os avisos parecem não despertá – lo de que ao destruir Eduardo dos Santos, está a enterrar o MPLA com os próprios ossos no abismo interminável, onde o fracasso será um facto consumado.

Lourenço revela vocação para a destruição total da família Eduardo dos Santos e os pro - eduardistas, porém, tal táctica definiu como estratégia e manobras de guerra a permanência dos familiares do segundo, terceiro, quarto, quinto ou até mesmo sesto grau, sendo estes nomeados à variadas posições no País, para burlar o ouvido do mundo e fazê – lo acreditar de que, não existe nenhuma guerra psicológica em Angola contra Eduardo dos Santos.

Na verdade o facto de ter poupado os familiares do segundo (sobrinhos, primos, tios), terceiro e quarto grau, e, por ali fora, situa – se numa manobra e táctica de guerra escrita no grande livro “Segredos da Guerra Psicológica” de Joseph e Brant, de realçar que, o autor deste livro participou, durante a Segunda Guerra Mundial, em actividades de guerra psicológica, ligadas ao sector da radiopropaganda. A manobra visa atacar a ala de frente e atingir o líder. Assim, ao prender Zeno dos Santos, ao perseguir Isabel dos Santos, ao expulsar Tchizé dos Santos do C.C. e da Assembleia Nacional, ao colocar preso os seus fiéis seguidores como Augusto Tomas, Norberto Garcia, e, por fim, ao atentar contra o homem mais forte no sistema de segurança de Eduardo dos Santos, General Zé Maria, o verdadeiro timoneiro do poder de Eduardo dos Santos em Angola, no tempo em que José Eduardo dos Santos era o Presidente da República, está a bater duramente, de forma psicológica na pessoa do Engenheiro de Petróleo, os demais feitos de nomeação à família, como sobrinhos e outros, fazem parte dos segredos da guerra Psicológica imposta por João Lourenço.

Na verdade aos nossos dias, a Internet (Maka Angola de Rafael Marques, Jornal de Angola, etc e tantos outros jornais pro – lourencistas), a televisão, as redes sociais, os jornais electrónicos, a rádio, e, todos os meios de difusão massiva, são empregues como canhões para atacar o inimigo e enfraquecê –lo psicologicamente. O ministério público e os tribunais foram colocados na qualidade de uma forte enfartaria, revestida por uma artilharia excessivamente pesada para aniquilar os eduardistas, quase todos se renderam, poucos são os que mantêm – se em pé em prol de Eduardo dos Santos. Higino Carneiro e Ngongo parecem serem os únicos que responderam ousadamente aos ataques da “Guerra Psicológica”. Ngongo terá afirmado que um País não se faz com perseguições e vinganças. Higino Carneiro terá relatado em tribunal de que estava disposto a revelar os segredos das eleições de 2017 e expor o crime de fraude eleitoral, os demais não se reconheceram, entregaram – se às autoridades.

Os efeitos dos meios empregues na “Guerra Psicológica”, são bastantes inteligentes, e,  visam enfraquecer as bases do inimigo, com rendição massiva de todos os seus aliados mais próximos, de recordar que, desde que a guerra psicológica foi imposta, poucos aliados de Eduardo dos Santos se terão pronunciado à favor do então ex – Presidente. A maioria se rendeu a João Lourenço. Todas as suas bases de defesa se calaram, o único contra – ataque às balas lançadas pelo Kremlin constam em Tchizé dos Santos que montou a sua base na Inglaterra e dispara para Luanda através das redes sociais, tirando esta, João Pinto não se reconheceu, rendeu – se à João Lourenço, Luvualo, Gildo Matias e Berlamino Vandunem aliaram – se desde a primeira esquina. Ndalo, Pitra Neto e os demais recolheram – se no silêncio. Bornito de Sousa foi reduzido de Vice – Presidente da República à um simples chefe de Gabinete, e, Miala passou a presidir o verdadeiro papel de Vice – Presidente da República. Na verdade, parece ser o próprio Presidente da República, pois, é ele quem decide quase tudo que se passa no País.

O engenheiro de petróleo ao chegar até aqui, e perante o mal-estar que se sente em relação à figura dele e de parte da família, é líquido concluirmos que esta não era a forma como esperava viver na era pós – política activa. JES percebeu, finalmente, que foi completamente traído pelos que existiam em sua volta, e, que essa guerra que lhe é imposta, teve também origem nos seus aliados e confrades de trincheira no Kremlin, que vo – lo – teriam enganado permitindo colocar Lourenço para o substituir: “um verdadeiro presente envenenado.”´

Desde então, Eduardo dos Santos tem a plena consciência que ninguém mais porá o pescoço de fora por ele, que a excepção da filha Tchizé dos Santos,  Isabel dos Santos e do médico e pesquisador João Hungulo que insistem de forma ousada em defender a causa da família, atacando o bando de lourencistas armados até aos dentes. O mal-estar em relação a ele e aos seus levou – lhe à um exílio político na Europa.

Não esperava ser empurrado para fora por imberbes como Anabela dos Santos e seguramente também não esperava que, de todos quantos deu a mão, Norberto Garcia, o últimos a chegar – na verdade de tão trôpegos e broncos nunca chegarão –, fosse o único fiel (a par de Tchizé e de Isabel) a sentir as suas dores e nunca aceitar rendição à João Lourenço, aliás, a preferir uma vida sacerdotal em qualquer religião que lhe convir, ou talvez do celibato ao invés da política. Outros como Pitra Neto, se não se recolheram, “entregaram-se” aos lourencistas, como o fez Aldemiro Vaz da Conceição e João Pinto.

Por conseguinte, e, independentemente das razões político-constitucionais que leva JES a abandonar a vida política activa no MPLA, ele e a sua geração estão ligados por outra razão: cumpriram o seu papel! A nação agradece o quanto deram, e, não se justifica essa traição fervida no Kremilin que lhe é imposta com o troco de uma “Guerra Psicológica” que não conhece o rosto do fim.

Todos os seus confrades de arma vêm as liberdades política, social, económica e individual a fugir – lhes o corpo. Os eduardistas renderam – se a um pequeno reduto aniquilador de João Lourenço. Dia – pós – dia João Lourenço, na sua irónica persistência ousa dizer que não há vingança, nem caça – as – bruxas. Lourenço tentou aposentar de uma vez para todas a base do “Eduardismo”, só que a bala saiu – lhe na culatra. Roberto de Almeida foi afastado das funções de elite no BP. França Ndalu seguiu o exemplo. Dino Matross não se rendeu. Magalhães Paiva “Nvunda” seguiu a fileira indiana dos seus, e, tantos outros maquis que JES dirijiu no seio do MPLA receberam de João Lourenço uma chapada sem mão que deixou – lhes completamente decepcionados pelo candidato, e forçou – los a deporem as armas. Uma verdadeira “Guerra das Estrelas”. Todavia, a família de Eduardo dos Santos exilou – se no silêncio, apenas Tchizé, Isabel dos Santos e o eterno defensor de JES – o investigador João Hungulo, não se ajoelharam acorreram à todas as formas de defesa para atacar a alcateia de lobos perigosos liderada por João Lourenço no Kremilin.

E por outra, enquanto João Lourenço atira – se com a cabeça contra o corpo da família Eduardo dos santos, este não para de fazer do País numa coutada privada, eleva os seus familiares ao paraíso das riquezas, aprova projectos desnecessários e milionários. Basta olhar para a sua irmã mais nova que terá a primazia de negócios milionários na Endiama.

O badalado casamento da filha do presidente da Assembleia Nacional, onde João Lourenço foi padrinho e figura de destaque, mostrou que apesar da dita mudança de “paradigma”, há pessoas, com elevadas responsabilidades políticas, que alimentam o insulto avulso e o desdém aos angolanos menos afortunados materialmente. Em 44 anos de independência, Angola nunca passou por momentos tão difíceis do ponto de vista económico e social quanto os actuais. Neste momento, Angola vive aquilo a que se chama a tempestade perfeita, ou  seja, a combinação de várias adversidades: à profunda crise económica, provocada não apenas pela queda do preço do petróleo, junta-se a seca, que está a dizimar pessoas e animais no sul do país. É num contexto  destes, que João Lourenço, Presidente da República apadrinhou o casamento da filha de Fernando da Piedade, a terceira figura do Estado, decidindo assim, ambos os parceiros de arma e de poder, dar ao país uma manifestação ostensiva de desdém para com aqueles que vivem  directamente na carne os  efeitos da crise económica e social. Mas aquilo que foi antecipado nas redes sociais como o casamento do século  não teve nada de elevação ou elegância moral. Pelo contrário,  aquilo foi uma degradante manifestação de mau gosto, insensibilidade, obscenidade e, sobretudo, de  boçalismo, um comportamento a que  poucos novos-ricos do terceiro mundo resistem. Mesmo nos seus piores deslizes, nunca José Eduardo dos Santos aceitaria fazer tal facto completamente desdenhoso e desumano. Num País em que há pessoas a morrerem devido a fome e a seca, nenhum Presidente aceitaria apadrinhar um casamento onde se gastam milhões de dólares para serem queimados em pouquíssimas horas de festa. Numa das mais tenebrosas eras de todas as épocas, talvez na pior crise da história desde que Angola surgiu como nação. Nandó não chegou a PR, mas conseguiu suplantar qualquer um que tenha lá chegado. É um feito e tanto!

Enquanto isso, afina – se o cano da espingarda para caçar a família Eduardo dos Santos e os seus, onde Nandó terá lá raízes maternas.

Se, João Lourenço quer portar-se à altura do MPLA deveria criar formas para uma reforma condigna e sadia de JES, e, não levar a sua vida toda a persegui – lo, com uma “Guerra” injusta e mal situada. Gente que gaba a sua magnanimidade deveria exercer um pouco de grandeza. Seja por ele, seja pelo MPLA, mas que seja sobretudo pela nação. José Eduardo dos Santos há mais de 30 anos vem marcando a vida dos angolanos. Um cidadão que deu o seu melhor quando se entregou a sério. Nacionalista, patriota e humanista, Arquitecto da Paz, Pai da Pátria Democrática, Pai do Perdão e da Reconciliação Nacional, timoneiro da Reconstrução Nacional. JES respondeu ainda jovem ao apelo da terra, aderindo de corpo e alma à luta de libertação. Com as suas duas mãos fez o melhor que podia, foi até ao limite, manteve este país unido, deu o peito às balas quando a ameaça de desintegração provocada pelo Apartheid e a UNITA era inegável.

Ainda que sujeitas a falhas e imperfeições, inerentes a qualquer empreendimento humano, os factos registados pelo articulista, neste artigo de opinião, representam o reflexo fiel dos dias de opressão e de guerra psicológica que se vive em Angola, e que foi imposta contra a família Eduardo dos Santos pela base do Kremlin dirigida pelos Generais de três estrelas: General Miala e General João Lourenço. A perseguição à família Eduardo dos Santos é uma verdadeira guerra psicológica, e, o facto de se ter nomeado familiares próximos, são tácticas impostas para enganar o povo de que, não existe “Guerra Psicológica” nem sequer perseguição a família Eduardo dos Santos.

Por outro lado, se por acaso alguém já não se lembra, recordemos. JES esqueceu-se de alguns companheiros de arma, mas ninguém deve ignorar o seguinte: não há inocentes. Como se diz na obra de Pepetela “Jaime Bunda Agente Secreto”, quem parte e reparte se não é burro, fica sempre com a melhor parte. Já sabemos quem ficou com a melhor parte. Mas também é verdade que as outras partes não são exactamente migalhas. Por conseguinte, caros “maquizards” façam o que a nação espera. Que ninguém tome a saída de JES como uma oportunidade de mandar no MPLA, perseguir a família Eduardo dos Santos, destruí – la, e humilhar os seus próximos.

Que ninguém menospreze os feitos do Engenheiro de petróleo!

João Hungulo: mestre em filosofia política, analista político, escritor, músico, poeta, pesquisador e articulista senhor.

BEM – HAJA!

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