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Sábado, 16 Novembro 2019 08:46

A turbulência passageira, os quadros e os centros de saber

Os cidadãos angolanos, geralmente atentos às declarações dos governantes, nestes tempos de dificuldades económicas e sociais, terão registado as palavras proferidas recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço, em entrevista concedida à Rádio Vaticano, em que o Chefe de Estado mostrou estar preocupado com os problemas do país e determinado a continuar a empreender reformas, “mesmo com alguma turbulência.”

João Lourenço deu a entender que as reformas vão ser transitoriamente dolorosas, a julgar pelo apelo que faz aos angolanos para que apertem “um pouco os cintos”, tendo garantido que a turbulência há-de passar “dentro de pouco tempo.”

Embora o Presidente da República não tenha entrado em pormenores sobre o que se está a fazer para se superar a turbulência, acreditamos que o Chefe de Estado e a sua equipa económica têm as terapias necessárias para ultrapassar a difícil situação que atravessamos e que afecta muitas famílias .

Já escrevemos neste espaço que não é fácil governar em tempo de crise económica e financeira, sendo reconfortante saber que os governantes se preocupam com a vida dos governados e querem trabalhar incansavelmente para que estes possam satisfazer as necessidades, em particular as básicas.

Temos muitos problemas por resolver, sendo quase tudo prioritário. Importa nestas circunstâncias que se façam opções inteligentes que venham a resultar em bem-estar dos cidadãos. Numa conjuntura marcada por poucos recursos financeiros é importante saber distribuir o pouco que temos pelos sectores que realmente sejam prioritários, para que estes venham a ser, por via do investimento público, geradores de desenvolvimento, com impacto efectivo na vida das pessoas.

A vida das populações tem de estar no centro da agenda dos governantes, que têm de, permanentemente, pensar em políticas públicas que sejam exequíveis. Que os governantes estejam rodeados de bons quadros e tenham o hábito de recorrer a centros de saber, como as universidades, públicas ou privadas.

Muitos países do mundo recorrem, em tempo de crise, aos seus melhores cérebros que estão nas universidades, para estes darem soluções a problemas complexos da sociedade. Estes cérebros não têm necessariamente de estar no Governo , mas podem, com as suas elevadas competências , ajudar departamentos ministeriais a conceber e a executar políticas públicas. Em momentos de grandes dificuldades, como os que estamos a viver, é importante não subestimar o conhecimento que se produz nas universidades e daqueles académicos angolanos que no exterior do país adquiriram experiências valiosas.

A turbulência , a que se referiu o Presidente João Lourenço, é passageira, tendo o Chefe de Estado garantido que “o avião vai chegar ao destino em segurança”. As palavras de João Lourenço dão aos angolanos a esperança de que haverá mudanças significativas e positivas nos próximos tempos. JA

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