Sexta, 29 de Março de 2024
Follow Us

Segunda, 19 Agosto 2019 22:38

Polícia Nacional faz da mentira um cajado para esquivar - se da verdade

A falta de verdade na comunicação do nosso tempo, soma – se ao vandalismo, o crescimento das mentiras dos agentes policiais, é enorme, e já tem a estatura de um edifício de 20 andares: não houve rixa de grupos de criminosos no Rocha Pinto, polícia matou à queima roupa um pastor evangélico criando assim uma revolta popular no local que causou a queima de pneus nas estradas e ruas.

Afadiga – se o Estado Angolano, a fazer valer o seu poder, sem qualquer capacidade de pacificar as almas, ou vai à ferro ou vai à bala, hoje o meio suburbano vive da força, o recente facto posto à noticiar pelas redes sociais segundo o qual houve uma rixa entre dois grupos de criminosos no Rocha Pinto, tendo resultado em confronto físico com uso de armas onde terá resultado a morte de um senhor de 59 anos, é falso, não houve nenhum confronto entre grupos criminosos no Rocha Pinto, houve a morte de um sacerdote evangélico indefeso.

Tudo terá começado quando dois adolescentes meteram – se à lutar no meio do bairro, desde então, o carro da patrulha da Polícia nacional que estava a circundar a área, sem averiguar os factos fez disparos em direcção aos adolescentes que estavam a lutar, pela ironia do destino, a bala atingiu um pastor de uma igreja evangélica que estava à beira da varanda de sua casa a conversar com o seu familiar, desde logo, o infractor aproximou – se do local e questionou as razões que colocaram a vítima deitada no chão e a sangrar, desde logo, de tanta barbaridade policial, abandonaram o sacerdote e deixaram - lo morrer, sem qualquer assistência clínica, e vulgarizaram uma notícia falsa de que houve uma luta de motins opostos que terá desencadeado a morte de um indivíduo amotinado, pela ironia dos factos, o senhor Paulino, a vítima que terá sido morto pela polícia, é pastor de uma igreja evangélica, nada a ver tem com os esclarecimentos falsos postos à circular por parte dos órgãos de informação da polícia.

Porém, as falsas notícias da polícia, transcorrem espaçados com muitas reticências da parte dos informadores, que divulgam em tudo quanto é órgão de informação, mentiras em nome da verdade, como é evidente, percebeu – se na pessoa dos familiares do Sr Paulino (malogrado) de que tratava – se da morte de um indivíduo indefeso, que por sinal é servo de Deus, numa igreja evangélica, que nada terá cometido contra qualquer órgão do Estado, ou desenvolvido um acto de lesa – pátria, foi morto da maneira mais bárbara possível, sem a polícia depositar alguma piedade para o socorrer em estado de decadência salutar.

Porém, a mentira hoje, fez – se num verdadeiro artigo de luxo em Angola, não é mais dúvida alguma que mentiras sejam servidas em nome da verdade, dado o seu carácter espontâneo, redonda num sucesso vital ao nível de muitas esferas de comunicação social, em que a polícia propaga uma falsidade quando ao sucedido, acusando existir por trás dos factos culpados marginais.

Depois da morte do sacerdote, os populares do bairro Rocha Pinto revoltaram – se com a polícia, desde logo, queimaram pneus na estrada, e colocaram baldes de lixo metálico na via pública, manifestando – se completamente insatisfeitos pela atitude da polícia que primou – se por assassinar um sacerdote e alvejar um jovem pela cabeça, sem que se pudesse evidenciar um acto de crime que os pudesse colocar à tal fenómeno evidenciado.

Desde logo, a polícia, não manifestou essa realidade, nem sequer prestou alguma ajuda ao malogrado, ficando a verdade, completamente invadida por falsas acusações de que se tratava de dois grupos de marginais que competiam interesses no local, pelo que, terá cursado com a queda mortal de um indefeso.

HAJA LUZES SOBRE AS TREVAS!

Por João Hungulo: Md, Jurista, Pesquisador e Mestre em Filosofia Política.

Rate this item
(2 votes)