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Terça, 13 Agosto 2019 14:21

A máfia inconformada em acção

A contra ofensiva ao centro de gravidade, com todos os meios e astúcias, é um princípio estratégico importante para quem quer provocar o caos ao inimigo, sobretudo quando este está munido de todas as ferramentas para nos derrubar.

 As máfias socorrem-se, amiúde, deste estratagema defensivo para impedir que se chegue ao seu santuário. Em Angola, desde 26 de Setembro de 2017, quando o Presidente da República, João Lourenço, mostrou que o país já não seria o mesmo, porque ninguém seria rico demais para não ser julgado, nem ninguém seria pobre demais para não ser protegido, os antigos delapidadores do erário posicionaram-se em várias capitais do mundo, lançando mensagens de intimidação para o novo inquilino da Colina de São José.

Uma das tácticas que têm usado, com algum sucesso, é a contratação de descontentes e dissidentes que, não tendo nada a perder, prestam todo o trabalho sujo contra o Presidente da República e seus auxiliares.

Deturpação de informações, como tem sido o caso de Ginásio para a Assembleia Nacional, criação de perfis falsos nas redes sociais e, mais recentemente, a invenção de situações caluniosas e de intriga com objectivo de levar o Presidente da República a desconfiar da própria sombra.

O exemplo da fake-news que dava conta de uma suposta pretensão de o Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, vir a demitir-se do cargo para o qual foi eleito – e não designado – é bastante eloquente em relação à frustração das máfias poderosas do nosso país. O pior é que estas antigas sanguessugas são omnipresentes e quase insondáveis que, vestidos de peles de cordeiros, fazem tudo para causar o pânico e a desestabilização social.

Se têm alguma estratégia que visa a tomada do poder a curto prazo e voltarem ao festim, disso duvido, a julgar pela vivacidade da memória colectiva. O povo está atento. Ninguém se esquece da sociedade de castas milionárias construídas e consolidadas nos últimos dez anos, ao ritmo de uma dinâmica de fechamento. Nenhum andrajoso podia ter acesso ao “real festim” sem o beneplácito da máfia que, hoje, está espalhada pelo mundo à busca de repouso, cônscia de que a justiça angolana lhes concede apenas um período de graça. Como autênticas pacaças nos últimos suspiros investem toda a sua força contra tudo e todos, com ajuda dos pequenos bichos que sempre viveram das bolotas desses donos de quase tudo.

Embora não se vislumbre no seu horizonte um cenário favorável, como bons sádicos, investem na degradação do actual sistema do poder minando a confiança do cidadão eleitor. É nessa estratégia em que, depois do Vice-Presidente da República, é “alvejado” o digníssimo Inspector-geral de Estado, o Comissário Sebastião Ngunza, a quem os empregados da máfia atribuíram um processo-crime, uma altura em que a IGAE leva acabo uma campanha agressiva contra aquilo que chamaram pequena corrupção. Diz o texto os mafiosos que “Há uns tempos a esta parte, o comissário Sebastião Ngunza, apoiado pela sua guarda, ocupou ilegalmente um terreno, sito no Bairro Patriota, pertence a um pacato cidadão. Este, por sua vez, por não ter guardas nem poder, não teve outra solução senão recorrer à Justiça.

Ontem, sexta-feira, pelas 9:00, por determinação do Tribunal Provincial de Luanda, como consequência de uma providência cautelar intentada pelo lesado contra  o Ocupante ilegal do seu imóvel, foi realizada uma inspecção judicial ao terreno.

À hora aprazada pelo Tribunal, encontrava-se no referido local o Meritíssimo Juiz da causa e os restantes operadores forenses e um aparatoso corpo policial, composto por 20 agentes, para assegurarem a realização da diligência judicial, de forma ordeira e segura.

Tal situação, inédita na história da República de Angola, deixou toda a vizinhança perplexa, mas contente e satisfeita por saber que o vizinho arrogante e todo o poderoso, afinal, também não está acima da Lei.

O que nós presenciámos ontem significa que a nossa Justiça, mesmo sem grandes orçamentos, tem prestado um serviço relevante e digno à Nação! Viva o JLO!”

O texto acima mostra a forma ardilosa como a máfia tem actuado com a aparência de cordeiro. É que o Inspector-Geral de Estado nunca esteve envolvido numa situação de musculosa como a descrita nessa infâmia.

Quem conhece Sebastião Ngunza desafia os peões das sanguessugas a darem o rosto e fornecer o número de processos e outras provas inequívocas dessa cena de pugilatos que alegam ter acontecido.

Não existe nenhum processo a correr, nem embargo contra si, porque nunca houve cena de pugilato com nenhum cidadão num suposto terreno de Sebastião Ngunza, um indivíduo bastante impoluto, cujo apoio ao Presidente João Lourenço é total. 

O certo é que o laboratório dos “donos de quase tudo” está disposto a manchar a imagem das figuras incômodas ao seu projecto de desestabilização social, procurando enfraquecer o rumo da luta contra a impunidade e a corrupção.

Por * Tiago João * Cidadão atento

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