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Domingo, 28 Abril 2019 11:41

Homenagear os mortos sim e que tal conhecer a verdade sobre as mortes?

Espero que o senhor João Lourenço tornado presidente de Angola como foi, esteja imaginando tudo e mais alguma coisa que bem entender, está no seu direito. Menos ensaiar planos ou truques para que se evite a criação em Angola qualquer dia, de uma verdadeira comissão da verdade.

Constituída essencialmente por gente da sociedade civil sem ligações ao regime sob gestão do MPLA responsável pelas mortes.

No mundo inteiro as comissões da verdade são importantes instrumentos de apuração de abusos e violações aos Direitos Humanos.

E num país como Angola com tantos assassinos ainda assim, vivendo com os ombros levantados, orgulhosos por se terem tornado famosos pelos seus atos de assassinatos.

Uma verdadeira comissão da verdade seria mais importante do que se criar um esquadrão de gente ligada aos vários ministérios.

Muitos dos quais sem credibilidade junto do povo, para se gastar tempo e dinheiro fingindo que vão fazer alguma coisa de jeito.

Pior quando ainda se tem presos políticos no país, se manda matar e se deixa morrer gente nas Lendas e em Cabinda sem que nunca alguém seja responsabilizado por estes atos de barbaridade.

Eu acho que os angolanos têm o direito em conhecer a verdade sobre as causas das mortes dos mortos que querem justamente homenagear.

Se é que isto não seja apenas mais uma simulação de corpo para se desviar ás atenções da tão badalada intenção do regime querer realizar as próximas eleições autárquicas da forma que lhes convém.

Uma comissão da verdade que teria como missão ouvir as vítimas que são tantas e também a de apurar o padrão utilizado pelos tantos assassinos que ainda andam por ai de peito aberto, sem remorso nem sinais de arrependimentos.

Uma comissão que através de depoimentos de tanta gente ainda viva que nunca abriram suas bocas porque ainda desconfiam do sistema.

Assim como pela revelação de arquivos, até então desconhecidos ou inacessíveis, pois como sempre disse, nem tudo foi contado até hoje sobre muitas mortes.

Falo por mim, formar um batalhão com ministérios cheios de fintas e nem por isso de confiança popular, para tratar questões como estas, não creio que credibilizar essa intenção.

Uma comissão de verdade com objetivo principal de descobrir, esclarecer abusos do passado, combater a impunidade, restaurar a dignidade.

E que facilite as vítimas o direito a verdade estaria em melhores condições para contribuir para a justiça e a reparação, reduzir os ressentimentos e promover a reconciliação e a paz.

Do que se formar um batalhão de ministérios e religiosos cheios de fintas, assalariados do regime que promoveu os assassinatos.

Continuarei

Fernando Vumby

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