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Segunda, 26 Novembro 2018 09:06

Análise da frase “encontramos os cofres vazios” à luz do teorema de Morgan

Não são vãs as choradeiras que alugaram a boca do povo, querendo exaltar o bem mais precioso de Angola: “a paz e a reconciliação nacional”. A pluralidade dos angolanos hoje já não quer mais peleja, nem guerra fria, nem guerra quente, nem tão pouco guerra morna, antes pelo oposto, os angolanos louvam antes de qualquer coisa, a concreção da paz, da democracia e da reconciliação nacional, pelos vestígios malévolos cedidos pela guerra, que até então, os fantasmas de seu passado não param de apoquentar o bem-estar de muitos angolanos que aqui ou acolá assistem.

Por João Henrique Hungulo

A paz é um bem tão valiosíssimo cuja manutenência da qual, se estabeleci num desejo universal da ONU como afirmaram Arnson, Cynthia, Zartman e William (2005) o aumento da preocupação com relação aos conflitos pela comunidade internacional, tem - se observado nas famosas operações de manutenção da paz (peacekeeping operations), onde a ONU é o órgão responsável pelo panorama. Como afirma Frances Yates sobre os estudos mnemônicos de Francis Bacon, emblemas e imagens são resultados da fixação de emoções sensíveis, mais facilmente lembradas que princípios intelectuais ou outros relatos isentos de maior emoção (Machado, 2011, p. 178).

A força da memória do passado de Angola está associada a fortes impactos emocionais causados por diferentes imagens da guerra, a guerra é a pior calamidade que Angola já viveu depois do colonialismo português, a imagem de uma igreja lotada de mulheres e crianças sendo incendiada é como um emblema de memória emocional desastroso.

A pergunta que nunca se omitirá, é se aqueles que tencionam dirigir essa nação sob elevado tom da sepultura da história, não têm nem um pouco apenas o fio da reminiscência da imagem funesta que imolou o corpo de Angola durante anos? Assinalado por lágrimas, dor e miséria muitíssima causada pelo berro das armas que quase se calaram sob efeito de um milagre? Todavia, foi graças ao zelo titânico do Eng. José Eduardo dos Santos, que tudo facultou, para responder os desejos da nação com uma prenda da paz, seu símbolo de paz, marcou um desafio nacional de incontornável expressão. Um verdadeiro salvador, que jamais pode ser colocado por atrás das câmaras da história que este País fotografou, depois da independência nacional, já não há mais nada de tão grande merecimento, senão os feitos imputados por Dos Santos em torno da vinda da paz como afirma Victor Lima (2012) qualquer balanço dos 37 anos da independência de Angola, proclamada a 11 de Novembro de 1975, passa pela evocação do período de guerra que o país viveu até Abril de 2002, ano em que a paz foi definitivamente instaurada em todo o território nacional”. Neste prisma, esperamos dos líderes angolanos que não poupem esforço em trazer as memórias do passado ao palco actual, para que patriotas não passem em vão à serem considerados como cidadãos quais-queres, como afirmou Winston Leonard Spencer-Churchill político e estadista britânico, famoso principalmente por sua actuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundia“Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la”.

Hitler soube destruir a humanidade durante a segunda guerra mundial, e os vestígios por essa causada, levaram tempo para sarar as suas feridas, o mundo até hoje, tem memórias fortes da segunda guerra mundial, constituindo – se, numa missão obrigatória enaltecer a paz mundial, e evitar qualquer conflito no continente, assim, pessoas patriotas como Eng. José Eduardo dos Santos, deveriam ser relevadas no plano angolano, por serem estas que tudo evitaram para que o colapso não transformasse o País num deserto habitado por catástrofes infinitas apenas. Os que lutam para edificar a paz das nações são os grandes patriotas e heróis como afirmou Nelsom Mandela “Heróis não são os que organizam as nações ou as estruturam através de seus governos, esses são bons líderes e bons governantes, não são os que lutam pelo poder político, esses são ambiciosos e egoístas, heróis são os que pacificam e constroem”. O patriota Eng. José Eduardo dos Santos consagrou a sua vida inteira para o bem desta nação, e merece que a nação lhe conserve a honra, a dignidade, que os grandes homens que a humanidade patenteou mereceram ter ao longo da sua caminhada, como afirmou Mara Quiosa (2018) […] desde muito jovem, José Eduardo dos Santos dedicou inteiramente a sua vida na resolução dos interesses mais nobres dos angolanos, com um espírito humanista e de solidariedade, garantindo a estabilidade política e social.

Na entrevista concedida pelo actual inquilino da cidade alta ao Semanário Expresso que ecoa com o seu alarido a atmosfera sonora das terras de Camões, João Lourenço não terá poupado piedade alguma à José Eduardo dos Santos, e, terá afirmado de viva voz “Encontramos os cofres vazios”, quando questionado sobre a situação económico – financeira à quando da entrada no poder cimeiro em Angola. Pela ironia do destino, o ex – Presidente terá acorrido à linha inversa, visando fazer face à informação posta à circular por Lourenço no jornal Português Expresso. Uma boa parte de jornalistas como é o caso do jornal Expansão de Carlos Rosado de Carvalho, o que procuram é uma análise indutiva, querendo cultivar insanidade no ritmo deste cenário com uma propaganda tendencioso, que visasse macular o ex – Presidente em benéfico do actual dirigente da Cidade Alta, uma interpretação não intelectual, mas sim com objectivos específicos e bem delineados que visam “Denegrir as afirmações do ex – Presidente da República” foi feito pelo Jornal expresso de Carlos Rosado de Carvalho.  

Arriscaremos impor uma análise matemática sobre o presente assunto, realizada sem falsas modéstia, nem a muita conhecida “cegueira das vaidades” que persegue os falsos e homens despidos de convicções, — que ambicionam à todo custo arranjar a imagem do ex – Presidente sobre o crucifico, e impor – lhe à acção precisa de um vazio, arrumado no banco dos réus, como o depósito de todos os equívocos do passado, do presente ou mesmo do futuro, para que se possam livrar de qualquer culpa por eles à ser cometidas futuramente, no curso quotidiano das coisas, e, encontrar um local precioso para fazer juízo das suas falhas, enquanto o povo anda a taramelar num caminho ditado por um precipício económico que há muito se inaugurou, onde o capitão do Alto mar prefere lançar as faltas para trás, ao invés de inventar novas rotas à trilhar, assumir novas posições e contornar o icebergue. 

Preferindo passarem – se por Santos e Juízes dos céus, que não pecam, nem cometem erros nenhuns, porque seus erros já os antecedentes pastores e bispos os cometeram de forma gratuita, pagando a inocência para séculos e séculos de inocência sobre a aurora do porvir (…), e, os mesmos representam o banco à depositar qualquer falha à ser proclamada de então!

Sua Excelência Sr. Presidente da República General João Lourenço terá afirmado encontrar “os cofres despidos de valor,” não estamos contra esta afirmação, faremos apenas uma análise neutra, sem opção dirigida nos termos científicos, processada no entusiasmo e farejar dos princípios éticos da honestidade, que devem pintar a linguagem de um verdadeiro pesquisador. Há questões que passamos à levantar sobre as referidas afirmações, e, nestas encontraremos a conclusão central, trataremos de fazer uma análise à luz do “Teorema De Morgan”. Segundo Lima (2011) os “Teoremas de De Morgan” são extremamente úteis na simplificação de expressões em que um produto ou a soma das variáveis é invertida. Os teoremas do matemático De Morgan são propostas de simplificação de expressões em álgebra booleana de grande contribuição. Definem regras usadas para converter operações lógicas (OU) em (E) e vice-versa (X +Y = X.Y).

Sabe – se que, o actual executivo acorreu à solicitação de variados empréstimos, mas o que mais nos chamou atenção, por ser o mais essencial, foi o empréstimo à China avaliado em 10.000 milhões de euros em Outubro de 2018. Todavia, o Excelentíssimo Sr. Presidente da República General João Lourenço referiu ter encontrado os cofres sem dinheiro, porém, o actual executivo entrou em vigor ao 23 de Setembro de 2017, as perguntas que não se calam são as seguintes:

Tendo recebido cofres vagos, onde o actual executivo encontrou dinheiro para processar salários dos meses de Setembro de 2017 à Setembro de 2018? Uma vez que durante essa altura nenhum País cedeu verbas em termos de empréstimo à Angola e os cofres estavam vazios?  

Tendo recebido cofres sem dinheiro onde o actual Presidente encontrou tanto dinheiro para em Maio de 2018 poder viajar à França, à Bélgica e às Astúria?

Para as viagens acima mencionadas, o Excelentíssimo Sr Presidente da República General João Lourenço acorreu ao Dream Jet, um Boeing 787-BBJ (Dreamliner), que também foi alcunhado pela empresa norte – americana de nova coqueluche, com acabamentos de luxo. Aos compará – lo aos hotéis de luxo somente um hotel de sete estrelas teria tal dimensão de grandeza. Como escreveu o “Correio Angolense” o Dreamliner em que o Presidente da República se deslocou não é o mesmo avião com que a British Airways voava para Angola. Não é o mesmo avião que a esmerada Emirates usa em suas campanhas publicitárias. É o mesmo avião com acabamentos principescos, detalhes típicos daqueles que os sheikes árabes costumam exigir Para quem ainda não viu o vídeo – e quem ainda não o fez não está aqui a fazer nada – transcrevemos a seguir o essencial do que disse Omar Hosari, PCA fundador da UAS International Trip Support. "O nome (Dream Jet) – jacto de sonhos – diz tudo. Este é um dos melhores aviões que alguma vez foi fabricado(...) É o único 787 com uma configuração VIP. Os clientes habituais, normalmente são Chefes de Estado, celebridades e a realeza mundial.

Dispõe de uma suite presidencial, banheiros para acomodar duas pessoas ao mesmo tempo, sala de jantar, de estar, cinco casas de banho e outros. Esta versão do Dreamliner compreende 18 lugares com conforto equivalente à primeira classe de qualquer companhia de topo. "Esticado" pode acomodar 40 passageiros. A versão comercial do mesmo avião ou seja ou seja um Dreamliner 787-8 leva entre 242 e 345 passageiros (Correio Angolense).

O presidente General João Lourenço ao afirmar ter encontrado cofres vazios nos coloca em bastante confusão de entendimento, onde tirou tanto dinheiro para andar num d”aqueles aviões dos mais ricos deste mundo, segundo informações colhidas, Dreamliner, tem um custo de 70 mil dólares por cada hora que está no ar, agora, vejamos os dias que o actual Presidente percorreu estes Países, com cofres vazios à gastar por hora 70 mil dólares, é um afirmação irónica e quase imperceptível de então.

Segundo Floyd (2007) no Teorema de De Morgan o complemento, ou negação de um produto (AND) de variáveis é igual a soma (OR) dos complementos das variáveis. Todavia, se o Excelentíssimo Sr Presidente da República afiram ter encontrado cofres vazios, isso implica dizer que as variáveis que representam os cofres eram igual à zero (X=0), se X=0, de então nos termos operacionais práticos as acções são completamente limitadas ou nulas, eis que sem dinheiro não se processa o OGE, não se fazem viagem de luxo, nem tão pouco se permite o País dar um passo sequer à diante (…), com a crise tão profunda que o País atravessa, e desde então, já nos primeiros dias de seu governo onde saíram os 70 mil dólares à serem pagos à cada hora para a Dreamliner chinesa numa viagem de 72 horas (3 dias)? Nesta operação de “De Morgan” não existe juízo de valor com essa afirmação revelada pelo Excelentíssimo Sr. Presidente General João Lourenço: “Encontramos os cofres vazios”. Para a álgebra de “De Morgan”, se encontraram os cofres vazios, isso implica dizer que o valor de X era igual à zero, se o valor de X era igual à zero, não havia como efectuar operações matemáticas que requeiram somas de números inteiros ou números primos, apenas haviam números negativos, ou com valores inferiores à possibilidade de realização do OGE e das viagens de luxo. Não havia condições para permitir esbanjar tanto dinheiro assim, nem tão pouco haveria valor algum para processar os salários dos Meses de 23 de Setembro de 2017 à 23 de Setembro de 2018. Logo essa afirmação parece ser complexa nos termos da análise matemática, assim, a frase “Encontramos os cofres vazios” é uma frase de valor lógico nulo, uma vez que não há confirmação pela álgebra mediante os gastos realizados pelo executivo ao longo do tempo em que os cofres se encontravam sem nenhum tostão.

Bem – haja!

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