O anúncio foi feito hoje pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, que adiantou que a partir de quinta-feira vão vigorar normas diferenciadas para as circunscrições territoriais sob cerca sanitária.
É o caso da província de Luanda e do município do Cazengo no Cuanza Norte que estarão sob cerca sanitária até 09 de agosto.
Além de ser recomendado aos cidadãos permanência nos domicílios, o horário dos serviços públicos, passará a ser nestas províncias das 08:00 às 15:00 (e até às 15:30 nas restantes províncias).
Luanda passará dos atuais 75% da força de trabalho para um máximo de 50%, podendo ir até 30%.
As competições para treinos desportivos permanecem encerrados nestes territórios e os treinos individuais voltam a praticar-se nos horários das 05:30 às 07:30 e das 17:00 às 19:00.
Nesta prática de exercício individual, onde se tem registado ajuntamentos, doravante só poderão estar cinco pessoas, adiantou o ministro, acrescentando que a violação dessas regras, quer do horário quer do numero de pessoas é passível de sanção no mesmo valor pecuniário, entre 5.000 e 10.000 kuanzas (de 7,7 euros a 15,4 euros).
As novas regras estão previstas num decreto presidencial que vigora a partir das 00:00 de 09 de julho.
Reinício das aulas em Angola adiado sem nova data
O reinício das aulas em Angola, que estava previsto para a próxima segunda-feira, foi adiado sem nova data, anunciou hoje o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.
“A decisão é não reiniciar as aulas na segunda-feira. O princípio é de continuar a fazer acompanhamento da situação e, oportunamente, voltar a um novo pronunciamento sobre a matéria”, avançou o governante em conferência de imprensa em Luanda.
Este foi um dos temas abordados numa reunião de trabalho para avaliar a situação epidemiológica presidida hoje pelo Presidente da República, João Lourenço, “tendo sido dadas indicações aos órgãos competentes para, nos próximos dias, em princípio amanhã (quarta-feira), publicar um ato que anuncia a decisão.
As aulas no ensino geral e universitário em Angola foram suspensas em março, antes de o Presidente angolano declarar o estado de emergência, que decorreu entre 27 de março e 25 de maio, ao qual se sucedeu a 26 de maio a situação de calamidade pública.
O decreto que determina a calamidade pública previa o reinício da atividade no ensino superior e no segundo ciclo do ensino secundário a partir de 13 de julho, embora "dependente da evolução da situação epidemiológica”.
A ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, declarou na conferência de imprensa que “não há um jogo do empurra” no que diz respeito ao regresso às aulas, tratando-se de uma estratégia concertada entre os vários departamentos ministeriais.
Questionado sobre a possibilidade de regresso ao país, cujas fronteiras estão fechadas desde 20 de março, de cidadãos angolanos em voos humanitários, Adão de Almeida adiantou que a prioridade é a criação de condições para, faseadamente, repatriar cidadãos angolanos que se encontram nalguns países com dificuldades para voltar.
“Têm sido feitos voos nesse sentido, os últimos para a Zâmbia e o Zimbabué e está em permanente análise o regresso de cidadãos noutras localidades”, respondeu.
O ministro acrescentou que os voos para permitir que concidadãos possam voltar têm de ser feitos de forma faseada, de acordo com a capacidade de quarentena, com vista a diminuir a importação de casos de covid-19.
“As autoridades competentes, à medida que a programação for feita, irão anunciar aos cidadãos a realização dos voos”, realçou.
Angola conta com um total de 386 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 21 óbitos e 117 recuperados.