Quinta, 25 de Abril de 2024
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Terça, 17 Setembro 2019 21:42

PGR da RDCongo investiga alegado desaparecimento de U$15 milhões

A Procuradoria-Geral da República Democrática do Congo (RDCongo) anunciou hoje que está a conduzir "investigações" ao alegado desaparecimento de 15 milhões de dólares (13,5 milhões de euros) abordado recentemente pelo Presidente do país, Félix Tshisekedi.

Já o Tribunal de Cassação anunciou que recebeu um relatório "sobre um eventual desaparecimento" dessa quantia, de acordo com um comunicado.

"Enquanto se aguarda o resultado das investigações (...), pede-se que tanto a uns como a outros que se abstenham de interferir" no inquérito, refere uma declaração assinada pelo magistrado Victor Mumba.

O relatório sobre o desaparecimento dos 15 milhões de dólares foi enviado pela Inspeção-Geral de Finanças e indica o chefe do gabinete de Tshisekedi e seu aliado político, Vital Kamerhe, como um dos quatro responsáveis pela "irregularidade".

De acordo com uma fonte próxima do processo citada pela agência France-Presse, os fundos não foram pagos ao tesouro público, mas para uma outra conta que, entretanto, foi "esvaziada".

Esses 15 milhões de dólares correspondem a uma retenção de 15% de 100 milhões de dólares pagos pelo Estado a sete companhias petrolíferas para compensar uma quebra na distribuição.

"Como estou a lutar por um Estado de direito, pela independência da justiça, deixo as instituições judiciais fazerem o seu trabalho com total independência", afirmou Tshisekedi ao jornal Le Soir, no início da semana.

O Presidente diz ter recebido o inspetor-geral de Finanças para "tranquilizá-lo em caso de ameaças".

No início do mês, 18 militantes do grupo opositor Luta pela Mudança (Lucha) foram detidos pelas autoridades durante uma manifestação em que exigiam explicações para o desaparecimento destes fundos.

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