Num comunicado divulgado em Harare, o Presidente do país, Mnangagwa, informa que o estado de saúde de Mugabe continua a evoluir favoravelmente para uma eventual recuperação, mas não revelou os motivos que levaram o líder histórico do Zimbabué ao internamento em Singapura.
Emmerson Mnangagwa, um ex-aliado que assumiu o Governo de Mugabe em 2017 com a ajuda dos militares, disse que os médicos decidiram que Mugabe deveria ser mantido sob observação por um longo período.
Mugabe governou o Zimbábue com mão de ferro desde a independência, em 1980, até ser forçado a renunciar sob pressão dos militares e do seu partido, em 2017.
O ex-chefe de Estado deslocava-se com regularidade para tratamentos médicos a Singapura, alegadamente para ser avaliado após uma operação aos olhos.
Os principais dirigentes do país recorrem habitualmente a tratamentos de saúde no estrangeiro. Recentemente, o vice-Presidente, Constantino Chiwenga, ex-general do Exército que liderou a revolta militar contra Mugabe, foi levado de helicóptero para a China, depois de receber tratamentos na África do Sul e na Índia.