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Terça, 11 Fevereiro 2020 21:27

Contas congeladas são de Isabel dos Santos, não das empresas

Efacec lembra que empresa e acionistas são entidades separadas. E esclarece que está a funcionar normalmente.

“A Efacec e os seus acionistas são entidades distintas.” As contas da Efacec não foram congeladas, nem em Portugal, nem em qualquer outro país onde a empresa opera. Qualquer informação que indique o contrário a esta realidade é falsa.”

O esclarecimento vem da própria empresa depois de notícias que davam conta de que as contas de Isabel dos Santos em Portugal foram arrestadas (o que foi confirmado pela PGR) mas que também as contas das companhias onde a empresária angolana tem participações poderiam ter sido congeladas.

Esta informação – que a ser verdade implicaria paralisar por completo as empresas, que se veriam impedidas, nomeadamente, de pagar a fornecedores e trabalhadores – é vigorosamente desmentida pela Efacec. E o mesmo vale para as restantes companhias em que a empresária tem participações, como a NOS ou a Galp.

A empresa sublinha ainda, no comunicado enviado ao Dinheiro Vivo, que está a “operar a todos os níveis, continuando a desenvolver e a participar em projetos nas áreas da energia, ambiente e mobilidade, mantendo a confiança de centenas de clientes e fornecedores em todo o mundo” – confiança e apoio “nesta fase de transição” que aproveita para agradecer.

A administração da Efacec Power Solutions lamenta profundamente essas notícias, sublinhando que os efeitos da dita “informação falsa”, “que nada tem que ver com as contas ou as operações da empresa” poderiam causar “sérios danos à reputação da marca Efacec, construída ao longo dos seus 72 anos de existência”.

Nesta tarde, soube-se que a PGR, a pedido de Angola, tinha avançado com o arresto das contas pessoais de Isabel dos Santos e do marido, Sindica Dokolo. “Confirma-se que o Ministério Público requereu o arresto de contas bancárias, no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas”, afirmou esta tarde fonte da Procuradoria-Geral da República ao AO24 (leia mais aqui).

Recorde-se que Isabel dos Santos já manifestou a sua vontade de alienar as participações que detém em empresas portuguesas, estando inclusivamente em fase adiantada a venda dos 42,5% no Eurobic ao espanhol Abanca. Cumprindo os requisitos, a instituição deverá avançar sobre essa fatia e o restante, uma vez que pretende ficar com 95% do banco. “O acordo de compra do EuroBic está sujeito, como acontece neste tipo de operações, a um processo de due dilligence e às autorizações das autoridades regulatórias”, lembrou o Abanca ontem, quando comunicou o negócio.

Fontes contactadas pelo Dinheiro Vivo acreditam que, com esta compra, o nome do banco deverá ser absorvido e desaparecer, ficando o comprador com a estrutura que lhe permitirá alargar a presença do Abanca em Portugal.

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