No leilão de hoje, o BNA colocou 20 milhões de euros à disposição dos bancos comerciais, aptos para "todas as finalidades" mas só seis bancos surgiram a licitar, acabando por ser comprada apenas uma pequena parcela deste montante.
Os seis bancos comerciais que se apresentaram a leilão ficaram com escassos 6,7 milhões dos 20 milhões de euros que estavam em licitação.
Esta ínfima procura resultou, provavelmente, por estratégia para forçar a valorização da moeda nacional por parte dos bancos comerciais, ou porque as novas regras quanto à obrigatoriedade de aumento das reservas em kwanzas dos bancos comerciais no Banco Central levaram a uma escassez de liquidez para a aquisição de moeda estrangeira.
O Kwanza passou de 546.664 kwanzas por Euro na terça-feira para os 521.061 de hoje.
Mas esta tendência de valorização do Kwanza já está a ganhar consistência desde segunda-feira, com um ganho ligeiro em relação a sexta-feira da passada semana que, no dia seguinte, ontem, se confirmou ao passar, na venda, de 557.017 para 546.664 kwanzas por Euro.
Nos três últimos leilões onde o BNA colocou à disposição 20 milhões de euros em cada um deles, tanto o valor comprado como o número de bancos participantes têm vindo a decrescer substancialmente.
Na segunda-feira foram comprados 17.978.839,00 de euros por 12 bancos, na terça-feira, 18.200.000,00 de euros foram licitados por 8 bancos e já hoje, num recorde de muitos meses, apenas 6,7 milhões dos 20 milhões foram levados por apenas 6 bancos.
E todos estes três leilões, a moeda estrangeira estava apta para todas as finalidades previstas, o que é, por norma, uma condição que deveria levar a um aumento do "apetite" pelos licitantes. NJ
