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Sábado, 05 Janeiro 2019 11:47

Falência de dois bancos comerciais: "Há dois pesos e duas medidas que devem ser explicadas”

A revogação das licenças do Banco Mais e do Banco Postal pelo Banco Nacional de Angola na qualidade de regulador do sistema financeiro nacional já mereceram reacções de especialistas.

Carlos Rosado de Carvalho, economista e Director do Jornal Expansão, é de opinião que os bancos devem cumprir com as regras que impõem o mínimo de capital e fundos próprios para a segurança dos clientes.

 Na visão do também especialista em assuntos de economia e finanças, “o que se deve perguntar ao governo é quem autorizou a constituição dos dois bancos”, questionou.

“O Banco Mais começou como Banco Pungoandongo em 2015 e segundo me recordo para começar nesta data era Governador do BNA José de Lima Massano. Já o Banco Postal começou a operar em 2017, mas também uma licença de um banco não se concede de um dia para outro”, recorda.

Carlos Rosado de Carvalho defende a necessidade de apresentação de um plano de negócios sempre que se cria um banco, que os acionistas sejam idóneos como garantia que em caso de problemas tenham dinheiro para colocarem nos bancos. “Portanto, o problema começa no principio, quem é que autorizou estes bancos”.

O economista é de opinião que a decisão do Banco Nacional de Angola em decretar falência aos dois bancos comerciais é drástica, argumentando estarmos diante de dois pesos e duas medidas na medida em que não tomou a mesma decisão no processo que envolve o Banco Angolano de Negócios e Comércio.

“O BANC estava nas mesmas condições que este estão. Porque que interveio no BANC e nestes decreta falência. Portanto, há aqui eventualmente, dois pesos e duas medidas e que devem ser explicadas”.  TV Zimbo

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