Em declarações à agência Lusa, à margem da 2.ª Conferência e Exposição sobre Conteúdo Local na Indústria do Petróleo e Gás em África, promovida pela Organização dos Produtores de Petróleo Africanos (APPO), Olivier Jouny, diretor de Operações da Total EP Angola salientou que a petrolífera francesa está "a apostar forte" no país.
"Em seis meses, a Total investiu 2,5 mil milhões de dólares [2,2 mil milhões de euros] no Bloco 17 com três projetos", salientou Olivier Jouny, lembrando também as novas explorações no Bloco 48, que permitem extrair diariamente cerca de 600 mil barris/dia, o que corresponde a 40% do total explorado em Angola.
"Estamos a investir para pôr novos equipamentos nas plataformas de produção em Angola e também a tratar de usar o máximo de recursos humanos angolanos", disse.
O empenho da Total, acrescentou, pode também ser demonstrado com o facto de a petrolífera francesa, em Angola desde 1953, ter como mão-de-obra 1.200 funcionários angolanos (80% dos trabalhadores), razão pela qual tem prestado também "muita atenção" aos problemas sociais no país.
"Temos vontade em continuar como primeiro operador no país e de constituir um parceiro muito empenhado na sociedade angolana", acrescentou, indicando estarem em curso projetos para exploração de gás natural, bem como outros de petróleo nos chamados "campos marginais".
A segunda conferência - a primeira decorreu também em Angola há dois anos - centra-se na abordagem de aspetos geopolíticos estratégicos, técnicos, jurídicos e financeiros inerentes à promoção do "Conteúdo Local" na indústria de petróleo e gás em África, em particular nos 18 países que integram a APPO.
Criada há 30 anos, em 1998, a APPO integra, além de Angola, a África do Sul, Argélia, Benim, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Egito, Gabão, Gana, Guiné Equatorial, Líbia, Mauritânia, Níger, Nigéria, República do Congo, República Democrática do Congo e Sudão.