A província da Lunda Norte partilha uma fronteira de 770 quilómetros com a RDC, um dos primeiros países africanos a diagnosticar casos positivos da Covid-19.
Segundo as autoridades angolanas, no âmbito da prevenção e combate à propagação ou importação de casos positivos da covid-19, o Governo impôs medidas, entre as quais o encerramento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, permitindo apenas a circulação de viaturas que transportam produtos da cesta básica, fármacos e material de construção.
Mesmo com estas restrições, as forças de defesa e segurança de Angola têm enfrentado inúmeros desafios no que a imigração diz respeito, porque os imigrantes congoleses usam caminhos “fiotes” (de difícil acesso e visibilidade) para atingir o território da Lunda Norte, de acordo com informação da agência estatal de notícias Angop.
Tal situação, segundo o delegado do Ministério do Interior na Lunda Norte, Alfredo Quintino “Nilo”, que intervinha, sexta-feira (10), na reunião da coordenação dos órgãos de administração da Justiça, tem obrigado as autoridades angolanas a redobrarem as estratégias de vigilância e de patrulhamento, com o aumento de número de agentes. Reiterou que as zonas de exploração de diamantes continuam a ser os principais destinos destes migrantes.
No mesmo período, foram apreendidos 4.375 litros de combustível (gasolina e gasóleo), pela Polícia de Guarda Fronteira (PGF), nas fronteiras de Tchissanda e Tchicolondo, municípios de Chitato e Cambulo, respectivamente.
A frustração, de acordo com o também comandante da Polícia Nacional na Lunda Norte, resultou de uma operação ao longo do posto fronteiriço, quando os proprietários tentavam atravessar a fronteira, em direcção à República Democrática do Congo (RDC), para a sua comercialização.
Angola registava, até sexta-feira, de acordo com números oficiais, 458 casos positivos de covid-19, com 23 óbitos, 117 recuperados e 319 casos ativos.