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Segunda, 19 Março 2018 12:29

Empreiteiro da fábrica de tomate foge com dez milhões de dólares

CIPRIANO NDULUMBA - PCA DA SODMAT SA CIPRIANO NDULUMBA - PCA DA SODMAT SA

A Sociedade de Desenvolvimento da Matala (Sodmat) admite ter perdido o rasto do empreiteiro luso-espanhol, contratado em 2008 para reabilitar e equipar a única fábrica de transformação de tomate da província da Huíla.

A referida empresa tinha recebido 10 milhões e 280 mil de dólares, financiados pelo BDA, para reabilitar a fábrica de concentrado de tomate do Perímetro Irrigado da Matala, segundo o presidente do conselho de administração da Sodmat, Cipriano Ndulumba, que falava hoje à Angop.

Informou que o empreiteiro, cujo nome não revelou, abandonou a obra em 2012, logo que o novo conselho de administração tomou posse.

Tendo em conta a prolongada ausência do empreiteiro, iniciaram o processo de diligências para a sua localização, mas tem sido muito difícil.

 “A última vez que fizemos pressão para que ele estivesse no país, até apareceu, mas alegou que a empresa tinha falido, assegurando que lutaria para que regressasse para concluir com as obras. O mesmo recebeu o pagamento, mas antes de 2012, quando a gestão do perímetro era outra”, disse.

O gestor lamentou o facto de passados quase dez anos não haver informações sobre o empreiteiro, apesar das diligências que vêm sendo efectuadas.

O último contacto com sucesso foi feito há dois anos e de lá para cá não notícias do mesmo.

“Fizemos todas as diligências, inclusive deslocamo-nos à Europa duas vezes a procura do sujeito, a verdade é que não foi possível a sua localização. Trocávamos e-mails e dava garantia de que viria para concluir com a obra, mas ultimamente já não tem sido possível, pois há mais de dois anos que não tem sido possível estabelecer o contacto”, explicou.

A Sociedade de Gestão dos Perímetros Irrigados (SOPIR) também fez algumas diligências, inclusive os seus responsáveis foram à Espanha e Portugal, onde supostamente estava a sede da mesma empresa, mas acabaram por descobrir que legalmente ela não existe.

 “Neste momento estamos a procura de um outro parceiro que possa terminar as obras, mas faltam recursos, todas as pessoas que contactamos estão interessadas em reabilitar ou concluir com as obras, mas há um problema de recursos a nível do banco para a importação do equipamento em falta, pois um dos grandes problemas que se coloca para que a fábrica volte a funcionar é exactamente a linha de montagem de embalagens”, referiu.

A fábrica localizada na comuna da de Capelongo, município da Matala, foi montada nos anos 60 e encontra-se inoperante desde 1980, tendo em 2008 iniciado o processo de reabilitação, cuja conclusão estava prevista para Março do ano seguinte.

De acordo com o projecto, a fábrica terá uma capacidade para processar seis toneladas de toma/hora.

O perímetro irrigado da Matala é o maior do país, dispõem de um canal com 43 quilómetros de extensão e 11 mil hectares irrigados, construído nos anos 50 e reabilitado e reinaugurado em Agosto de 2002.

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