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Quinta, 28 Mai 2020 14:40

UNITA e CASA-CE criticam constantes remodelações governamentais

A UNITA e a CASA-CE consideram que o Governo do MPLA enfrenta uma crise de quadros, o que obriga o Presidente da República, João Lourenço, a proceder constantemente a remodelações governamentais.

Estes partidos da opsição não percebem porque é que, em três anos de governação, João Lourenço afastou mais de duas centenas de governantes, administradores de empresas públicas e altas chefias militares.

"Sérgio Luther Rescova ficou apenas um ano e seis meses em Luanda. Pelo que vinha fazendo, tudo indicava que o jovem poderia fazer alguma coisa em Luanda, não obstante ser uma província complexa", disse ao Novo Jornal o deputado da CASA-CE, Manuel Fernandes, salientando que essas movimentações, que começam a preocupar os próprios militantes do MPLA, não acontecem ao nível da SADC.

Segundo o político, a vaga de exonerações de ministros, governadores e outros titulares de cargos públicos não contribui para o bom desempenho das instituições, face à instabilidade que se cria no normal funcionamento da administração do Estado.

O deputado da UNITA, Alcides Sakala, pensa que muitas remodelações governamentais fazem parte da estratégia do Presidente da República, tendo em vista os futuros desafios, nomeadamente as eleições autárquicas e gerais.

"Compete ao Presidente da República fazer a remodelação governamental, mas a opinião pública começa a encarar este cenário com muita preocupação. As pessoas questionam-se se o Chefe de Estado não tem confiança com os membros do seu partido", frisou Alcides Sakala, salientando que Angola é País da SADC que nos últimos três anos mais remodelou o Executivo.

Na sua opinião, as exonerações deveriam ser comunicadas aos cidadãos no que diz respeito a algumas irregularidades que determinados gestores públicos cometeram ao longo da sua administração.

"Pelo menos a situação ficou clara no caso de vice-governador da província de Cabinda, Alberto Paca Zuzi Macosso, que foi exonerado a seu pedido", acrescentou.

Recorda-se que o Presidente da República, João Lourenço, nomeou, terça-feira, 26, Joana Lina Ramos Baptista Cândido, para o cargo de governadora da província de Luanda.

Até então governadora do Huambo, Joana Lina substitui Sérgio Luther Rescova Joaquim, exonerado e nomeado governador do Uíge. O ex-governador de Luanda rende no cargo Mpinda Simão.

O Presidente da República nomeou Lotti Nolika para o cargo de governadora da província do Huambo, que era ocupado por Joana Lina.

Noutro decreto, João Lourenço exonerou, a seu pedido, Alberto Paca Zuzi Macosso, do cargo de vice-governador da província de Cabinda para o Sector Político e Social, e nomeou para o mesmo cargo Miguel dos Santos Oliveira.

Por último, o Presidente da República exonerou Samahina de Sousa da Silva Saúde, do cargo de secretário de Estado para o Planeamento, e Ruth Madalena Mixinge, do cargo de secretária de Estado da Família e Promoção da Mulher.

Para os seus lugares, nomeou Milton Parménio dos Santos Reis, secretário de Estado para o Planeamento, e Elsa Maria Barber Dias dos Santos do Espírito Santo, para o cargo de secretária de Estado para a Família e Promoção da Mulher. NJ

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