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Terça, 26 Mai 2020 22:13

Covid-19 em Angola e da má administração do Estado

As políticas públicas do governo angolano sobre os programas e projectos do Estado, há muito que demonstram ineficácias e soluções práticas, para pôr fim, aos demais problemas e complexidades que assolam as questões sociais e económicas do País.

Desde a chegada do coronavírus em Angola no mês de Março, apenas com dois (2) casos positivos, o Executivo decidiu fechar tudo, no decorrer do tempo, com mais casos positivos (actualmente 71 positivos), o Executivo decidiu abrir gradualmente as coisas, o que dá entender claramente que não existem estratégias concretas por parte do governo para conter o alastramento e o contágio em massa da pandemia do covid-19.

Tudo indica que o governo não está nem 7% pronto para dar conta das situações emergenciais público-sociais, não é possível gastar 16 milhões de kwanzas por cada paciente, e mesmo assim os resultados serem muito a baixo da média, também não é possível mandar vir de Cuba mais de 240 médicos (além dos que já existem aqui) e os resultados continuarem sendo muito a baixo do esperado.

Os casos positivos do covid-19 continuam aumentando, então qual é o papel dos médicos cubanos em Angola? Ganham mais de 5 mil dólares, o que eles estão fazendo que leva-os a ganharem tanto dinheiro assim? Não estão mostrando resultados, o que está por detrás da contratação deles se também temos muitos médicos formados na Cuba e na Europa? Até quando o governo vai priorizando o estrangeiro em vez do cidadão nacional?

Tudo isto traduz-se em má administração do Estado, esta pandemia tornou-se uma fonte de renda e ganhos exorbitantes para muitos dirigentes, há quem deseja que esta pandemia não passe logo, pra muitos políticos angolanos esta pandemia é uma espécie de negócio que no momento, é muito mais rentável que o petróleo e o diamante.

A ministra da Saúde e a comissão Multissetorial, ainda não chegaram de justificar concretamente como são gastos os supostos 16 milhões de kwanzas por cada paciente do covid-19, estão fazendo um péssimo trabalho, ora anunciam 6 novos casos positivos, ora dizem nenhum novo caso positivo, ora dizem todos os testes deram negativos, mais tarde aparecem dizendo 2 recuperados e 1 morto, ora dizem 8 novos casos positivos, tudo isso parece ser muito estranho, pra quem é atento percebe logo que, há muita mentira por detrás destes dados e estatísticas, visto que a desordem parte logo desde o início, pode ser que os casos positivos são muito maiores, estes dados geram dúvidas e desconfiança.

Tudo isto é sinônimo de má administração do Estado, rios de dinheiros estão sendo gastos, mas resultados ninguém vê, mesmo os supostos doentes recuperados até aqui nenhum deles veio a público dar entrevistas, a não ser aquela moça que apareceu na mídia dizendo que recuperou-se usando apenas paracetamol e antigripal, isto dá-nos a entender que a nossa gestão governativa é baseada em mentiras, falta de transparência, falta de programas e de estratégias, que dêm soluções à crises e emergências público-sociais.

Ora vejamos: a moça curou-se usando apenas paracetamol e antigripal, isto custaria no máximo uns 700 a 1000 kwanzas, mas os pacientes que estão custando cada um deles

16 milhões de kwanzas porque não estão sendo curados? Porquê que os recuperados não vêm a público? E os casos continuam aumentando mesmo com a presença de especialistas cubanos, o que falta para houver resultados? Algo não bate certo aqui. Não colocaram os médicos angolanos alegando que os nossos não são preparados nem especialistas, mas temos vários médicos formados pelos próprios cubanos, mas os cubanos chegaram e não estão dando conta do recado, muito pelo contrário os casos só aumentam.

Só nos resta pensar duas coisas (hipoteticamente): ou estão usando o coronavírus como forma de ganhos pessoais (corrupção total), ou os fármacos que estão sendo usados são os da pior qualidade. Não sou médico nem enfermeiro, mas na qualidade de investigador científico das áreas internacionais e da administração do Estado (Diplomacia, Direito e Projectação público-social), é impossível acreditar que um Estado que investe 16 milhões de kwanzas por cada paciente, mais 61 milhões de dólares para combater o vírus, não consegue conter a pandemia, e os médicos cubanos parecem ter vindo fazer turismo no País, porque a importância deles até o momento é nota 1/10, é mesmo muito a baixo da média, pra não mencionarmos o facto que um deles saiu de Cuba contaminado.

O governo angolano tem muitos desafios pela frente, o problema do País não é só o coronavírus, a malária mata milhares de cidadãos angolanos por dia, a fome mata milhares por dia, há quem está comendo ratos no País para sobreviver, a habitação é de longe um grave problema no País, enquanto isto em Viana o governo gastou cerca de 25 milhões de dólares para comprar 200 residências que estavam na posse do general Pedro Sebastião, residências que estavam abandonadas à anos, isto demonstra que não temos um governo preocupados com o povo, uma só pessoa ocupa 200 residências pra si, enquanto a maioria da população não tem vida condigna, muitos dormem em casas de barros e de pau, outros vivem em zonas perigosas, muitos são desempregados, miseráveis e sem oportunidades para estudar, tudo porque até hoje o governo não entendeu ainda o que é a administração do Estado.

Angola precisa olhar primeiro pra si mesma e para o Continente africano, somos nós que devemos resolver os nossos próprios problemas, os casos do covid-19 continuam aumentando, temos vários médicos e especialistas ervanários, o Madagáscar conseguiu o covid-organics e lá os casos estão sendo resolvidos, vários países africanos encomendaram o covid-organics, outros deram início à pesquisas de cura à base da medicina tradicional, mas nós em Angola o que estamos esperando para encomendar também o covid-organics? O que estamos esperando para darmos início às pesquisas de cura à base da medicina natural ou tradicional? O Senegal que tem uma administração maior e melhor que a nossa na área da Saúde, mesmo tendo sucesso na cura dos seus pacientes sem ajuda de ninguém, resolveram encomendar o covid-organics, e nós que carecemos de quase tudo porquê não seguir o mesmo caminho e encomendar a favor do nosso povo a cura do Madagáscar?

A Ministra Lutucuta numa das entrevistas, respondendo sobre o covid-organics disse que estava esperando validade e reconhecimento científico por parte da OMS. Até quando teremos de ser ignorantes e subordinados do ocidente? O teu povo está a morrer e a padecer, um País irmão tem a cura porque não aproveitar a cura se os outros fizeram o mesmo? Porque não tentar, se a cura do Madagáscar até aqui só apresentou resultados?

Temos uma péssima administração do Estado, ANGOLA é o único País do Mundo onde os interesses pessoais dos dirigentes está muito à cima da média, ao ponto de quererem sacrificar o povo, mesmo sabendo que a cura está apenas algumas horas de distância do nosso País. A prática é o critério da verdade, não custa tentar, o covid-organics está perto de nós.

ANGOLA não produz e não faz nada, a maior parte dos nossos médicos e especialistas são apenas “figuras”, só falam muito mas não fazem nada, a nossa Ministra da Saúde tem formação especialista (Mestrado), o Secretário de Estado é um PhD, sendo formados nas áreas da medicina, porque não avançam em primeira pessoa, com realizações de projectos científicos? Que pesquisas estão fazendo para a descoberta desta e de outras pandemias e epidemias no campo da medicina? Não conhecem os procedimentos de pesquisas de descobertas de curas? Então apenas estão esperando que os europeus resolvam os problemas de Angola e ficam sem fazer nenhuma descoberta a favor de ANGOLA? Então não são cientistas? O que falta pra eles porem em prática o que aprenderam durante vários anos na Universidade de medicina? Temos muitos incompetentes em quase todas as áreas.

É importante repetir mais uma vez: os casos estão aumentando no País, e o governo já pensa no desconfinamento social, isso só pode ser loucura, se o governo não tem estratégias para conter a pandemia, e as contaminações locais continuam subindo, como é possível o governo começar a pensar em abrir as escolas e Universidades em Junho?

ANGOLA é o País mais imitador do Mundo. Não podemos imitar os europeus, porque são duas realidades completamente diferentes, a administração dos países europeus é 10 mil vezes melhor que a nossa administração (tudo centralizado), aí os governantes pensam primeiro no bem-estar do seu povo, aí os interesses nacionais é colocado em primeiro lugar, os dirigentes europeus periodicamente, prestam contas dos exercícios das suas funções, aí existe supervisão total por parte dos cidadãos e dos partidos da oposição, aí todos participam da elaboração das políticas públicas e da boa administração do Estado, aí não existe impunidade, politização nem partidarização do sistema judiciário.

ANGOLA tem duas saídas neste preciso momento: comprar a cura do Madagáscar e permitir que os nossos médicos ervanários entrem em acção para a descoberta de uma cura contra o coronavírus, esquecem a OMS, África precisa se libertar dessas organizações internacionais, os problemas de casa se resolvem em casa, é você quem deve curar o seu próprio filho, se a cura é natural/tradicional que assim seja, o que importa é curar.

O governo angolano deve deixar de imitar os outros países e continentes, ANGOLA não é EUROPA, Angola não é Portugal, o povo europeu não é o povo angolano, pra quê imitá-los? Se o governo angolano cometer a loucura de abrir as coisas em junho mesmo com a contaminação local continuando a subir, o pânico no País poderá ser total.

Em vez de imitarem os europeus imitem o bom exemplo de outros países africanos, encomendem o covid-organics do Madagáscar, não custa nada tentar, esquecem a OMS, os cidadãos angolanos são filhos da nossa Terra, nós é que devemos cuidar dos nossos próprios cidadãos, colaborem com os nossos médicos ervanários, a cura desde sempre esteve e está na natureza, fazem isto pelo povo, demonstrem ter um pouco de amor ao povo, pratiquem as regras da boa administração do Estado, apenas por um momento esquecem a corrupção.

Por Leonardo Quarenta

Doutorando em Direito Constitucional e Internacional

Master em Direitos Humanos e Competências Internacionais

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