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Quinta, 31 Mai 2018 15:52

Angola pede união às polícias da África austral no combate ao crime organizado

O ministro do Interior de Angola, Ângelo de Veiga Tavares, considerou hoje que a região austral africana continua a registar ações de terrorismo, tráfico de drogas e de seres humanos, defendendo a intensificação de medidas para o seu combate.

O alerta foi hoje feito em Luanda, durante a cerimónia de abertura da 23.ª reunião geral Anual do Subcomité de Chefes/Comandantes de Polícia da África Austral (SARPCCO), do Comité Interestatal de Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da áfrica Austral (SADC).

O governante angolano apontou que, apesar de uma redução na "intensidade de alguns crimes praticados" na região, "como é o caso do roubo e furto de viaturas na Namíbia e África do Sul para serem vendidas em Angola", continuam a registar-se "ações que configuram crime organizado transacional, com destaque para o trafico de ilícito de drogas e de seres humanos, terrorismo, branqueamento de capitais".

Ao discursar na cerimónia em representação do Presidente angolano, Ângelo de Veiga Tavares admitiu que estes crimes "afetam a região austral de África do ponto de vista do seu crescimento e desenvolvimento económico e social".

"Desincentivam o investimento estrangeiro e criam um sentimento de instabilidade, pelo que a conjugação de esforços para a sua prevenção deve constituir prioridade das nossas ações. Por conseguinte, deverá haver maior cooperação e coordenação das ações tanto entre os membros da SARPCCO como entre estes e a Interpol", sublinhou.

Na intervenção, o governante angolano assumiu que pessoas e organizações envolvidas em ações de crime organizado têm explorado os avanços das novas tecnologias, defendendo assim a necessidade de formação aos efetivos integrados na SARPCOO nesse domínio.

"Bem como promover maior intercâmbio cultural e científico técnico, para melhor conhecerem a realidade dos países e potenciar sinergias e criatividade", referiu.

Por sua vez, o diretor do órgão para os assuntos de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da áfrica Austral, Jorge Cardoso, assinalou sublinhou o reforço da cooperação policial como um dos pontos que dominam a reunião.

"No domínio do desenvolvimento das diretrizes regionais para a prevenção do crime e da violência na SADC em consonância com as melhores práticas emergentes em matéria de prevenção do crime e da violência", apontou.

Os progressos registados no controle da proliferação de armas ligeiras e de pequeno calibre, o combate à radicalização e ao extremismo e as ações terroristas "que registam um crescimento na região" são outras preocupações, aponto o responsável, a par da necessidade de definição de uma estratégia de combate ao crime cibernético.

Fazem parte deste bloco regional as polícias da África Austral Angola, Botsuana, Suazilândia, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Ilhas Seicheles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

Angola é a presidente cessante do Subcomité de Chefes/Comandantes de Polícia da África Austral, cabendo a próxima presidência de um ano à Zâmbia.

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