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Quarta, 18 Abril 2018 22:33

Sonils diz que dispensa de 250 trabalhadores cumpriu a lei

A empresa Sonils, subsidiária da concessionária estatal angolana Sonangol para o setor logístico, garantiu hoje que a saída de 250 trabalhadores cumpriu todos os trâmites legais e resultou da quebra na atividade do setor petrolífero.

O posicionamento da empresa surge numa nota de esclarecimento enviada à Lusa, na qual a administração da Sonils esclarece que o referido reajuste, ocorrido no último trimestre de 2017, se deve ao "declínio dos níveis de atividade no setor petrolífero".

"Face ao contexto socioeconómico que se verifica na indústria petrolífera, a Sonils viu-se forçada a efetuar o reajuste do quadro de pessoal nacional e expatriado ao nível de atividade atual", lê-se na nota.

Acrescenta que o referido "reajuste" resultou na desvinculação de colaboradores afetos ao quadro efetivo da Sonils, mas "também na dispensa de colaboradores pertencentes às empresas de cedência de trabalho temporário", nomeadamente a Angola Offshore e a Sirvimar, perfazendo desta forma "um total de 250 trabalhadores".

De acordo ainda com a Sonils, o processo de reajuste do seu quadro de pessoal "cumpriu todos os procedimentos legais, tendo inclusive o processo de comunicação às empresas de trabalho temporário sido efetuado sempre com a devida antecedência".

A comissão sindical da Base Logística de Serviços Integrados (Sonils) da Sonangol anunciou hoje ter avançado com uma ação em tribunal para tentar a readmissão dos 250 trabalhadores despedidos em novembro, alegando que não houve aviso prévio.

Em declarações à agência Lusa, o primeiro secretário da comissão sindical dos trabalhadores da Sonils, Francisco Castelo, explicou que os despedimentos ocorreram em novembro, quando os trabalhadores se encontravam em greve, pelo que considera ser uma medida de retaliação daquela empresa da estatal angolana Sonangol.

"Achamos que foi um ato premeditado por parte da entidade empregadora pelo facto de exercermos o direito à greve. Assim sendo, a empresa, sem aviso prévio, despediu em novembro cerca de 250 trabalhadores e neste grupo de trabalhadores incluiu também todos os membros da comissão sindical", acusou.

De acordo com o sindicalista, a posição da direção da Sonils "surpreendeu todos os trabalhadores" porque na altura decorria já a ronda negocial dos pontos do caderno reivindicativo, "entre atualização do salário e discriminação laboral", para se pôr fim à greve em curso.

Para Francisco Castelo, os argumentos apresentados pela empresa, como dificuldades financeiras devido à crise no setor petrolífero "não colhem", tendo em conta que a mesma é anterior a 2017.

A Base de Logística de Serviços Integrados da Sonangol atua no carregamento e descarga de navios, aluguer de equipamentos e de infraestruturas de apoio, entre os quais escritórios, armazéns e áreas de armazenagem a céu aberto.

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