Não torça o nariz ao ler “autobiografia”. De uma sinceridade espantosa, o livro do ex-campeão mundial de boxe Mike Tyson é tudo, menos chapa-branca. O pugilista aposentado não poupa ninguém – nem ele próprio.
Nunca saberemos se sua versão da acusação de estupro da candidata à Miss América Negra Desiree Washington, que rendeu três anos de prisão, é real, mas em Mike Tyson – A Verdade Nua e Crua (U$ 24,90, Benvirá), feito em parceria com o escritor Larry “Ratso” Sloman, ele dá detalhes da noite em que, segundo afirma, consensualmente transou com a moça, depois de uma sessão de 20 minutos de sexo oral. Os (poucos) altos e (vários) baixos de sua vida são contados de forma até cruel, mas sem autocomiseração.
As cinco maluquices da vida de Mike Tyson
1. Na infância, Tyson e a irmã Denise, após assistirem a uma série sobre medicina na TV, resolveram “brincar de médico” com o irmão Rodney. Com um “bisturi” – uma navalha, na verdade –, Tyson cortou o braço do irmão e jogou álcool em cima. Rodney acordou gritando de dor. E leva as cicatrizes até hoje.
2. Tyson demorou para conhecer as maravilhas do sexo (até os 18 anos, sua vida sexual resumia-se a sessões de masturbação), mas depois que conheceu… Levava dez mulheres para o quarto de hotel de uma só vez antes das lutas, para transar com o cinturão na cintura.
3. Perdulário, via uma gostosa na rua e oferecia a ela uma Mercedes zero-quilômetro em troca de sexo. Quando ia a um shopping fazer compras, as lojas fechavam para ele. Tyson costumava sair delas com compras de 300 mil dólares.
4. Embora fosse proibido ter relação sexual na cadeia, pedia para mulheres irem visitá-lo de vestido soltinho. No pátio, as sentava em seu colo para transarem sem ser notados. Ele ainda manteve um caso com a conselheira de narcóticos, que ficou grávida – e abortou.
5. Tyson usava cocaína e maconha antes de lutas. Para não ser pego no antidoping, colocava um pênis falso por baixo do calção e, dentro dele, a urina limpa de outra pessoa.
VF