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Sábado, 16 Outubro 2021 13:01

Sonangol recebe cinco propostas para investimento da refinaria do Lobito em Angola

A Sonangol recebeu hoje cinco propostas para o investimento da refinaria do Lobito, segundo o programa que estima produzir 200 mil barris de petróleo por dia e contribuir para desenvolver um polo industrial na região, anunciou a petrolífera angolana.

De acordo com Sonangol, as propostas foram apresentadas por três consórcios constituídos por várias empresas e por duas empresas a título individual.

A primeira proposta conjunta é das empresas LANPEC Technology Limited (China) e International Business Development Group – IBD (USA), a segunda é das Gemcorp Holding Limited e Omatapalo – Engenharia & Construção, S.A e terceira é das HBMP – Hull Byth Man Power – Comercio Geral e Prestação de Serviços Lda, AVIC International Beijing Co Ltd e China Huanquiu Contracting & Engineering Co., Ltd.

A quarta e quinta proposta foram enviadas pelas empresas Layher (Pty) Ltd e GazMin International, respetivamente.

“Em conformidade com o programa do concurso, a fase de avaliação, clarificação das propostas e ‘due diligence’ decorrerá até 26 de novembro”, lê-se em comunicado.

A petrolífera estatal angolana indica ainda que em 10 de dezembro vão ser anunciadas as empresas que vão integrar a estrutura societária da refinaria do lobito.

A Sonangol realizou hoje o “ato público de abertura e aceitação das propostas para o investimento na refinaria do lobito, de acordo com o programa, anunciado em 09 de julho, durante o lançamento do concurso público.

O evento, que teve lugar no salão nobre da Administração Municipal do Lobito, contou com a presença do secretário de Estado do Petróleo e Gás, José Barroso, do vice-governador de Benguela, Adilson Gonçalves, do administrador do Lobito, Evaristo Mário e do administrador da Sonangol, Joaquim Fernandes, entre outros.

“A petrolífera nacional já efetuou várias fases do projeto, entre as quais o estudo de viabilidade económica, reavaliação do ‘feed’, dragagem da baía do Lobito, preparação dos terraços, conduta da estrada de cargas pesadas, passos que permitirão uma atuação mais eficaz aos possíveis parceiros”, informou a Sonangol, em 09 de julho, num comunicado.

O concurso foi lançado na Administração Municipal do Lobito, na presença de investidores nacionais e estrangeiros, bem como o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que destacou o “significado especial” desta refinaria, num cenário em que 80% do combustível consumido é importado.

“O Estado angolano (…) direcionou esforços à potenciação do segmento de transformação do petróleo bruto, onde se integra a refinaria do Lobito, como uma iniciativa-chave para o cumprimento da meta relativa à redução ou erradicação da nossa dependência externa, em relação aos produtos refinados de petróleo”, disse o governante.

A construção de uma refinaria com esta capacidade de processamento “impactará significativamente a economia nacional e a vida das populações, dado que se eliminarão os riscos inerentes à subida do custo dos derivados a nível interno, motivados pelas flutuações cambiais e oscilação do preço dos refinados nos mercados internacionais”, prosseguiu.

Segundo Diamantino Azevedo, prevê-se a absorção de uma considerável força de trabalho nacional, com a disponibilização de cerca de oito mil postos de trabalho diretos e indiretos, na fase de construção, e mais quatro mil na fase de operação.

Além disso, o Estado angolano, “criou diversos incentivos fiscais, com horizontes temporais consideráveis, de modo a permitir um desafogo tributário e um certo nível de folgas financeiras para os empreendedores, e assim, salvaguardar a viabilidade económica do projeto”, indicou.

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