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Sexta, 09 Outubro 2020 16:03

Reformas em Angola causam dor mas são inadiáveis - BNA

O governador do Banco Nacional de Angola admitiu hoje que as reformas em curso no país podem causar "dor e pressão às famílias", mas defendeu que a alteração da estrutura da economia angolana é "inadiável".

"Angola vinha de um período de crise, com a economia a cair nos últimos quatro anos e com um programa de reformas que é agressivo para os nossos padrões, estamos a fazer uma alteração profunda à estrutura da nossa economia", disse José de Lima Massano durante a sua intervenção nos XXX Encontros de Lisboa entre os governadores dos países de língua portuguesa, que hoje decorre em formato virtual.

"No curto prazo, as reformas causam alguma dor e pressão às famílias, mas são inadiáveis, no geral, o que devemos concluir neste exercício é que teremos uma economia mais inclusiva, sustentável e isso ajudará a eliminar as desigualdades que fomos construindo ao longo dos anos, é um quadro de verdadeira alteração de oportunidades", acrescentou o banqueiro central angolano.

Para José de Lima Massano, as reformas lançadas nos últimos três anos, desde que João Lourenço tomou posse como Presidente da República de Angola, já estão a dar resultados visíveis.

"Importamos menos bens de consumo, temos mais produção nacional a acontecer, temos um olhar diferente para o país, há portanto notas positivas, houve uma inversão de sensibilidades", concluiu o banqueiro na parte da intervenção aberta à comunicação social, a que se segue uma discussão entre os governadores, à porta fechada.

Em África, há 37.680 mortos confirmados em mais de 1,5 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos. Angola regista 208 mortos e 5.958 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.062 casos), Moçambique (68 mortos e 9.639 casos), Cabo Verde (71 mortos e 6.624 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.385 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 921 casos).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos no mundo desde dezembro do ano passado.

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