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Quarta, 14 Setembro 2022 18:04

UNITA anuncia manifestação para 24 de Setembro e tomada de posse dos deputados eleitos

O presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) disse hoje que os deputados da oposição vão tomar posse na sexta-feira "para poderem defender os princípios", criticando a falta de legitimidade do novo Governo.

"Vamos regressar a todas as províncias, para onde partiram delegações nos últimos quatro dias e conversaram com as forças vivas da sociedade civil, e desse debate saiu a resolução de que não devemos estar fora das instituições, e por isso os deputados vão tomar posse na sexta-feira", disse Adalberto da Costa Júnior, em conferência de imprensa, em Luanda, quando questionado sobre se estará na tomada de posse de João Lourenço, na quinta-feira.

"Deste debate ficou claramente verificado que o partido único no poder é um inimigo de Angola e do seu desenvolvimento, e todas as vias democráticas e constitucionalmente previstas devem ser usadas para acabar com o partido único no poder e acabar com os golpes de Estado, que foi o que acabou de acontecer neste país", acrescentou o líder da UNITA.

Convocação de manifestação

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) convocou, para 24 de setembro, uma manifestação pela cidadania e consolidação do Estado democrático e de direito, face à constatação preocupante de "uma regressão do quadro democrático" do país.

A decisão foi aprovada hoje numa sessão extraordinária da reunião do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, orientada pelo presidente do partido, Adalberto da Costa Júnior, segundo um comunicado daquele órgão do maior partido da oposição angolana.

"O Comité Permanente constata com preocupação que, apesar da CNE e o Tribunal Constitucional terem atribuído vitoria ao partido do regime, o país conheceu nos últimos dias, uma regressão preocupante do quadro democrático com a restrição das liberdades, ameaças à integridade física de ativistas e dirigentes políticos, bem como membros da sociedade civil que tenham opinião própria", critica no comunicado.

O Comité Permanente aponta ainda despedimentos de funcionários e transferências forçadas, para além de censura nos órgãos estatais de comunicação social, ao qual está "aliada a exibição de meios bélicos e efetivos das forças de defesa e segurança numa clara intimidação contra os que queiram manifestar-se contra o estado atual do país".

A UNITA reitera, por fim, a vontade de "fazer valer os direitos dos cidadãos e em respeito aos que nela depositaram a sua confiança nas urnas"

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