“Cumpridos os procedimentos concursais, foi a empreitada de construção civil adjudicada à empresa Omatapalo”, refere o BNA no comunicado, acrescentando que a obra está orçada em 32,7 mil milhões de kwanzas (43 milhões de euros).
Segundo o banco central, a obra “deverá ser executada num período de 10 meses, na Zona Económica Especial” e permitirá “obter o desempenho necessário às configurações exigidas” de acordo com as “melhores práticas internacionais”.
O concurso público foi lançado em 26 de fevereiro deste ano.
A empresa angolana Omatapalo foi visada num relatório da consultora norte-americana Pangea Risk, no âmbito de uma investigação a vários dirigentes angolanos, incluindo o Presidente João Lourenço.
Segundo o relatório, as investigações incidem também sobre a construtora, que a Pangea diz estar ligada a João Lourenço e que ganhou em 2019 três contratos com o Estado, superiores a 450 milhões de dólares (370 milhões de euros).
Em entrevista à Lusa em setembro do ano passado, o presidente do Conselho de Administração da Omatapalo, o português Carlos Alves, negou que se trate de uma “empresa do Estado” e de beneficiar de adjudicações diretas, como é acusada, mas antes uma “sua parceira”.
“Não somos beneficiados em nada, somos sim um parceiro do Estado, como sempre fomos e seremos, e onde estamos assim o fazemos, não só em Angola, como noutros países. Sempre que é necessário responder a qualquer desafio, nós fazemo-lo”, disse o responsável.