Uma porta-voz do Departamento Federal de Imigração do Canadá, Beatrice Fenelon, citada pelo jornal, justificou a recusa dos serviços migratórios com a probabilidade de Rafael Marques pretender viver ilegalmente no Canadá, onde residem o seu filho e a sua esposa.
Além disso, segundo a mesma porta-voz dos serviços migratórios do Canadá, Rafael Marques tem "acusações criminais pendentes" em Angola.
A advogada de imigração de Toronto, Chantal Desloges, disse que o teste legal para obtenção de um visto de entrada no Canadá "é notoriamente vago e pode ser difícil para muitas pessoas se encontrarem".
Os candidatos devem convencer um funcionário canadiano de que deixarão o Canadá no final da sua estada autorizada, mas isso pode ser impossível de provar, disse ela.
“Além disso, acrescentou, o teste é altamente discricionário e dá aos funcionários uma enorme margem para acreditarem ou não que um candidato deixará o Canadá no final da autorização.”
A Angop tentou, sem resultados, obter uma declaração do activista, que, desde 19 de Março, está a ser julgado em Angola, sob a acusação de "injúrias e ultraje a órgão de soberania", julgamento que tem sido sucessivamente adiado.
De igual modo, não foi possível obter algum esclarecimento adicional a propósito, junto da Embaixada do Canadá em Pretória, que se encontra encerrada até quinta-feira próxima.