O jornal cita um alto dirigente do partido, segundo o qual José Eduardo dos Santos pode incluir a filha no Comité Central por determinação própria. "Colocada a seguir no 'bureau' político, poderá fazer dela, no congresso de Agosto, a segunda figura da lista de deputados e, consequentemente, sua substituta em 2018". Por outro lado, fontes governamentais confirmam que o Presidente confia apenas na filha e "presta muita atenção aos conselhos dos assessores portugueses" de Isabel dos Santos.
Antes do petróleo, a empresária já controlava as áreas dos diamantes, da banca, do cimento e das telecomunicações. "O que move o pai para a colocar na Sonangol não é apenas o dinheiro, mas a blindagem do poder político", diz um observador citado pelo "Expresso". Para dar o lugar à filha, José Eduardo dos Santos deu o "chuto para cima" ao antigo presidente da Sonangol, nomeando-o vice-presidente da República. "Sem alterar a constituição, o Presidente está a instalar aqui uma monarquia", diz o jornalista angolano Graça Campos.
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