Por Manuel Tandu
Deste modo os discípulos de Cristo na qualidade de educadores, na qualidade de professores, o seu sustento pra suas famílias era oriunda destes apoios materiais vindo dos fiéis que apoiava essas actividades. Quer dizer, não passavam nem eles e nem as suas famílias fome. Mas mesmo assim entenderam ir reivindicar, perante o Cristo. A questão fundamental foi sobre o que ganhariam, a questão levantada foi sobre os rendimentos. Já naquela altura, tinham já entendido que o trabalho feito tinha que ser igual a recompensa. Era, é, um trabalho de vários riscos, deste modo a recompensa, ou o rendimento tinha que ser igual ao trabalho. A educação religiosa que ministravam ajudava, bastante as comunidades, era um trabalho árduo, mas eles a exerciam com amor.
Então, alguém entre eles tinha que apresentar estas reivindicações a Jesus Cristo. Claro que antes houve uma concertação entre os discípulos pra que aquilo que o discípulo Pedro iria dizer, seria os que todos desejavam que tivesse sido resolvido. Então o discípulo de Cristo, Pedro, depois do cumprimento de mais um dia do dever, disse o seguinte a Jesus Cristo: "Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos, que receberemos"? (Mateus 19:27). Atenção, eles não passavam fome e nem as suas famílias, pois o ministério de Jesus Cristo era apoiada materialmente pelos fiéis, e eles se beneficiavam disso.
Eles reivindicavam melhorias, rendimentos compatíveis ao dever que cumpriam. Eles eram educadores, e educavam as comunidades através do evangelho, e essa educação religiosa. Em função das suas especificidades exigia melhores condições de trabalho e de rendimentos. Então foram a Jesus Cristo e apresentaram as reivindicações. No actual contexto se poderia chamar o acto de apresentar estas reivindicações como um acto de apresentar um caderno reivindicativo!
Falaram como o patronato (Jesus Cristo), apresentaram as inquietações. Jesus Cristo ouviu atenciosamente, a reivindicação. Na qualidade de ser filho de Jeová, e saber da importância capital da educação no seio das comunidades, e de saber o que é educar, pois ele também educava, pois ele também entrava no terreno e educava, ele também sentia na pele o que é educar. Por ser pessoa de bem no verdadeiro sentido da palavra... disse: " Em verdade vos digo que vós, na regeneração, o filho do se assentar no homem trono da sua glória, também vos assentareis sobre os doze tronos pra julgar as doze tribos de Israel"! (Mateus 19:28).
E pra saberem o quão Ele levava em consideração a educação, e o trabalho que era desenvolvido pelos educadores enviados por si, disse mais: " E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna"! (Mateus 19:29). Ó Jesus Cristo! Ó Jesus Cristo! Quão é a sua consideração pela educação religiosa e pelos que se dedicam e trabalham pra esse fim!
Então pra Cristo a educação religiosa é o alicerce, é a base duma sociedade, pois sem ela se desmorona. O discípulo de Cristo educa a sociedade de ponto de vista religioso, através do evangelho de Cristo. Há aqueles professores que se dedicam em educar a sociedade não de ponto de vista da educação religiosa.
Esses professores têm como o patronato o Ministério da Educação. Há anos vem reivindicando, para que os rendimentos sejam compatíveis ao trabalho que realizam. Mas há um silêncio ensurdecedor do patronato, há um deixar sempre pra depois o cumprimento dessas reivindicações. Jesus Cristo na qualidade de patronato cumpriu com o que os seus discípulos reivindicavam. Isso levou com que não houvesse a paralisação do trabalho, isso levou com que fossem motivados. Os professores só chegaram em avançar novamente com a greve pois a entidade empregadora, coloca sempre pra depois o cumprimento das reivindicações. Coloca sempre em segundo plano a educação.
Os professores farão a greve, e não é, porque não ama a sua profissão, mas é porque o dever de ser equivalente aos direitos. Jesus Cristo sabia disso e cumpriu com as reivindicações dos seus discípulos. Cabe ao executivo que faça, o que Jesus Cristo fez. Pois se o estado é pessoa de bem, claro que as suas instituições que a compõem também são pessoas de bem.
O acto de reivindicar não é pecado a luz das Escrituras Sagradas. Pois os discípulos de Cristo também usaram esse direito e reivindicaram, só não houve uma paralisação, porque o Nosso Senhor Jesus Cristo sabendo da importância capital da educação e dos que trabalham para esse fim, cumpriu com as reivindicações. A reivindicação e a greve, também a luz da Constituição da República de Angola (CRA) não são actos ilícitos, são actos lícitos.
A greve é a consequência do não cumprimento das reivindicações da parte duma entidade empregadora.