Esta, no capitalismo, é a classe viciada em promover o vício que hoje se combate como o mal dos povos e nações em qualquer nível e escala, no tempo e no espaço. Quando se trata de espaço, o que se quer aqui dizer é a internacionalização e até a globalização da corrupção.
Esta combatida com certo grau de eficiência em países democráticos e civilizados, em que a separação dos poderes é indiscutível e visível.
Em menor medida, Portugal se enquadra no civismo da democracia, o que torna seguro e confiáveis as instituições deste país para combater o mal que aqui nos referimos. É aqui que entra o poder atribuído ao Ministério Público deste país e que lhe permite de forma independente e autônoma ir atrás de bandidos, sejam eles portugueses ou angolanos. Estes livres e poderosos no território nacional não têm condições de impedir que a justiça de um país como Portugal funcione contra os mesmos, já que a roubalheira e o saqueio das riquezas do povo angolano continuam tendo destino naquele país, ex-Império e, hoje, paraíso que guarda à sete chaves as delícias maldosas, vindo das terras de Ekuikui, Mandume e Agostinho Neto!
A corrupção é mesmo assim, sempre se sente injustiçada e perseguida, só não se sente isso em Angola, porque nesse país quem devia perseguir e “injustiçar” os corruptos também é corrupto.
Na verdade, Angola transformou-se num país independente e livre para os corruptos; a impressão que dá é que Agostinho Neto declarou a independência de Angola para que corruptos tivessem um país em que eles pudessem viver sem serem molestados; com direito ainda a terem uma bandeira, um hino, um exército, uma polícia, leis que lhes protegem e, finalmente, um povo que lhes dá apoiou e legitimidade.
Em Portugal não é assim, neste país apesar de suas maldades para com os angolanos, a própria maldade ainda é perseguida! Entre elas a corrupção, que em Angola anda livre, se depender faz discursos, da ordens e se declara, ainda, se necessário, herói da nação, com direito a ser respeitado, no Parlamento e nos Tribunais.
Portugal também é um país de e com políticos promíscuos, mas o profissionalismo de seus juízes, promotores e os homens da justiça em geral, faz com que aqueles andem na linha, podem até estabelecer acordos e contratos comerciais, usando o grupo social mais viciado que esta nação tem, porque precisa gerar empregos e riquezas a sua população. Na crise em que Portugal se encontra tudo pode valer a pena, até um pouco de promiscuidade, com aquele país da liberdade( Angola). Mas quem não quer mesmo saber de violação de regras é a promotoria portuguesa, estes como uma mão da justiça divina estão de parabéns, e estarão sempre, enquanto agirem assim: com imparcialidade, transparência e autonomia. Virtudes que o Povo Português lhes confiou!
Agora quem precisa mostrar, declarar e anunciar sua independência é Portugal. Que se lixem os corruptos angolanos, estes podem esbravejar, mas as terras de Camões, de Camilo, Bocage e Fernando Pessoal, como num campo de batalha, saberá levantar sua bandeira e provar aos corruptos do além mar, que caras feias não estremecem a nação Portuguesa!
Não está demais nesta hora ser solidário com o povo Português, que mesmo com uma das mãos da troika no seu pescoço, outra sufocando e apertando o seu peito; e ainda uma apertando os seus testículos consegue dizer não aos corruptos angolanos!
Eu não consigo manter a emoção e digo: Viva Portugal de José Saramago!
Nelo de Carvalho
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.