Resultados da contagem parcial e intermédia da votação para as eleições autárquicas moçambicanas dão a Frelimo como vencedora em 50 dos 53 municípios do país, à excepção das autarquias da Beira, segunda cidade do país, e Quelimane, quarta cidade, em que o MDM manteve o controlo.
Em Nampula, a votação só se realiza no dia 1 de Dezembro.
"Os resultados preliminares até aqui divulgados levam-nos a acreditar que o nosso glorioso partido será um digno vencedor na maioria dos 53 municípios do país", disse o porta-voz da Frelimo, Damião José, durante uma conferência de imprensa.
Damião José considerou que as eleições foram justas, livres e transparentes, saudando a forma ordeira como o eleitorado exerceu o seu direito de voto.
"Esta retumbante e convincente vitória é fruto da direção correta imprimida pelo Presidente Armando Guebuza e do trabalho árduo que tem sido desenvolvido pelo partido", assinalou Damião José.
Questionado sobre o anúncio pelo MDM de protestar os resultados das eleições em vários municípios devido a alegadas irregularidades, Damião José afirmou que essa diligência "é um direito que assiste a qualquer partido".
Damião José felicitou o terceiro maior partido pela vitória na Beira e em Quelimane, mas acusou o MDM de ter incitado à violência nos dois municípios.
"Repudiamos a postura violenta de provocação, vandalização de material de propaganda, incitação à desordem e desafio às forças de defesa e segurança", frisou Damião José.
Sobre o falhanço da Frelimo no objectivo de reconquistar Beira e Quelimane, o porta-voz do partido no poder rejeitou a ideia de a estratégia desta formação política ter falhado, preferindo felicitar o MDM.
"Não fracassámos, acontece que os outros partidos também tinham o objectivo de ganhar as eleições. Vamos analisar todo o processo autárquico e projetar o futuro, sempre com o horizonte na vitória", enfatizou Damião José.
O porta-voz da Frelimo afastou a hipótese de o seu partido ter capitalizado a ausência do principal partido da oposição, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) para ganhar em municípios rurais tradicionalmente próximos da oposição.
A Renamo boicotou as eleições autárquicas em protesto contra a rejeição pela Frelimo do princípio da paridade na composição dos órgãos eleitorais.
Lusa / NJ