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Sexta, 19 Janeiro 2018 10:20

PR defende aumentos nas tarifas de electricidade e na água

O Presidente angolano perspectivou hoje aumentos nas tarifas de electricidade e na água, com a progressiva retirada dos subsídios estatais.

João Lourenço que discursava hoje na Assembleia Nacional, na sessão de discussão e aprovação do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2018, avançou que em 2018 vai continuar o programa de “redução dos subsídios” do Estado, com “destaque” para os sectores da energia eléctrica e distribuição de água, mas também nos transportes rodoviários, ferroviários e marítimos, anunciando uma “revisão das tarifas” que salvaguarde as classes mais baixas, que também deverão beneficiar da baixa nos preços de produtos essenciais.

Garantiu ainda que o Estado, através do OGE, vai incentivar o desenvolvimento do sector industrial privado, para diversificar as exportações e apoiar especificamente o sector agrícola, com uma linha de crédito para importação de insumos.

João Lourenço defendeu como prioridade a criação, este ano, do estatuto do “Investidor estrangeiro”, com um regime de vistos e autorização de residência facilitado, para promover a captação de investimento privado.

“Temos boas razões para acreditar que o OGE proposto, tal como está configurado, vai levar as finanças públicas a bom porto”, enfatizou João Lourenço.

João Lourenço tornou-se, acto que não estava inicialmente previsto,  no primeiro chefe de Estado a ir ao parlamento para participar no debate. Disse entender que, neste primeiro ano do seu mandato, era excepcionalmente necessário participar pessoalmente no início da discussão do OGE, “como sinal de aproximação de dois poderes que embora distintos, com papéis diferentes, mas obrigados a trabalhar para um fim comum, o de melhor servir Angola e os angolanos”.

O parlamento angolano iniciou hoje, com a discussão e aprovação da lei do OGE para 2018, o primeiro do executivo liderado por João Lourenço, que prevê receitas e despeças na ordem dos 9,6 triliões de kwanzas, um crescimento económico de 4,9% do PIB e um défice de 2,9%, equivalente a 697,4 biliões de kwanzas (3, 5 biliões de euros).

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