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Quinta, 16 Novembro 2017 22:29

Isabel dos Santos garante que deixa Sonangol sem dívidas às petrolíferas

A empresária Isabel dos Santos garante que reduziu a dívida financeira da estatal Sonangol em 6.000 milhões de dólares (5.100 milhões de euros) e que deixa pronto um financiamento "essencial" de 2.000 milhões de dólares, para pagar a petrolíferas.

Em comunicado enviado hoje à Lusa, em Luanda, a empresária, que cessou funções como presidente do conselho de administração da petrolífera, após a exoneração decidida pelo chefe de Estado, João Lourenço, na quarta-feira, recorda que a dívida financeira do grupo estatal, quando iniciou funções em junho de 2016, era de 13.000 milhões de dólares (11.000 milhões de euros), cifrando-se atualmente em 7.000 milhões de dólares (5.950 milhões de euros).

"Deixamos ainda à nova administração, como instrumento essencial para a sua gestão, um financiamento no valor de 2b$ [2.000 milhões de dólares], com assinatura prevista para os próximos dias, que garantirá o pagamento de todos os `cash calls` relativos a 2017, permitindo, assim, chegar ao final do ano sem dívidas aos nossos parceiros", lê-se no comunicado.

Decorrente do compromisso e do esforço colectivo assumido nesta situação crítica, este Conselho de Administração, concretizou um conjunto de resultados que não posso deixar de ressalvar:

– Pagamos os cash calls 2016 na sua totalidade;
– Reduzimos a dívida financeira de 13b $ para 7b$;
– Aumentamos as receitas de 14,8 b$ em 2016, para 15,6b$ em 2017;
– Identificamos 400 iniciativas de redução de custos, no valor de 1,4 b$, dos quais 380 milhões USD já foram efectivados, estando já em curso iniciativas que irão permitir uma poupança de 784 milhões USD;
– Aumentamos a produção na refinaria de Luanda de 50 mil para 60 mil barris ;
– Produzimos todo o jet fuel, combustível para aviões, necessário para Angola e já exportamos;
– Reduzimos o custo do barril de 14 para 7 $;
– Continuamos a apostar na produção de petróleo e em 2016 e 2017 investimos 5,6 b$, sendo a sua maioria no upstream, por forma a garantir a sustentabilidade das reservas e da produção de petróleo futura;
– Pusemos a fábrica de ALNG a funcionar;
– Aumentamos a produção do Gás em 238%. Hoje Angola produz todo o gás botano que precisa;
– Exportamos Gás pela primeira vez;
– Iniciamos o transporte de comboio do combustível de Lobito a Moxico, tonando-o muito mais rápido, mais barato, seguro e potenciando a utilização de infra-estruturas do país. Fomos os primeiros a transportar combustível np e a usar o caminho de ferro de Moçâmedes.
– Não despedimos pessoas;
– Foram promovidos 400 quadros angolanos:
– Identificamos 200 futuros líderes e implementamos um programa de liderança;
– Iniciamos a geração de energia Eléctrica usando o gás produzido em Angola;
– Em 2015 a P&P tinha um resultado operacional negativo de 859 milhões USD, reduzimos a perda para 256 milhões de USD, em 2016 e em 2017 haverão um resultado operacional positivo de 100 milhões USD;
– A Junho 2017 existem dívidas de 3b$ de empresas estatais para com a Sonangol.

Deixamos ainda à nova administração, como instrumento essencial para a sua gestão, um financiamento no valor de 2b$, com assinatura prevista para os próximos dias, que garantirá o pagamento de todos os cash calls relativos a 2017, permitindo, assim, chegar ao final do ano sem dívidas aos nossos parceiros.

A administração cessante garante ao Executivo, as condições financeiras necessárias para a manutenção patrimonial da Sonangol, abrindo garantias de continuidade e de crescimento para o futuro.

Foi também implementada na Sonangol uma cultura de transparência e abertura à sociedade angolana, permitindo uma auditoria constante da acção da equipa de gestão e dos destinos desta nossa empresa.

A Sonangol não é uma empresa como as outras; é a coluna vertebral da economia nacional e o garante do futuro dos nossos filhos. Sinto-me privilegiada por ter contribuído para a reforma e melhorias desta grande empresa.

Ler comunicado de Isabel dos Santos na íntegra
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